Ana Furtado insistiu em biópsia para descobrir câncer de mama: 'Quem acha, cura'
Curada, apresentadora deu entrevista à amiga e apresentadora Ana Maria Braga sobre importância do diagnóstico precoce da doença
Completamente livre do câncer de mama, Ana Furtado relembrou toda a trajetória de mais de cinco anos desde o diagnóstico, passando por cirurgia, quimioterapia até o tratamento em fase de remissão. A apresentadora tomou seu último remédio no domingo (1º).
"Eu escutei os sinais que meu corpo estava dizendo apesar dos laudos, da avaliação", destacou em papo com Ana Maria Braga no "Mais Você" desta quarta-feira (4). A apresentadora do matinal é amiga pessoal de Ana Furtado e foi uma das primeiras pessoas a saber da doença.
Ela descobriu o tumor por meio de um autoexame, recomendado pelas autoridades de saúde. Ao perceber o "caroço" no tecido mamário, a apresentadora se consultou com uma médica que, a princípio, não julgou se tratar de algo maligno, mas Ana insistiu na realização da biópsia e confirmou sua suspeita.
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"Eu reconheço e agradeço a Deus meu lugar de privilégio, de já ter tido, na semana seguinte uma consulta com o Maluf, duas semanas depois já ter podido retirar o tumor, quase um mês depois já começar a quimioterapia, porque, no meu lugar de privilégio, de acesso à saúde, eu pude tratar imediatamente", ressaltou. Ana fez todo o tratamento no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Ela se refere ao oncologista Fernando Maluf, também presente no café da manhã do "Mais Você". Segundo o médico, a disparidade entre a assistência de saúde nos setores público e privado é tamanha que a chance de uma pessoa acompanhada pelo SUS não resistir ao tratamento é 40% maior.
"A atitude do paciente é muito importante, a fé do paciente é muito importante, mas se você não tiver ferramentas adequadas — cirurgia, terapia e medicamentos —, você tem menores chances de se curar", pontua ao clamar para que os entes públicos priorizem o atendimento de pacientes oncológicos.
Ana também abraçou a causa. Atualmente, ela é embaixadora e conselheira do Instituto Protea, que oferece atendimento a mulheres de baixa renda com câncer de mama, e também conselheira do Instituto Vencer do Câncer.
Além disso, a apresentadora está lançando um livro ("Até nunca mais: Como aceitei, resisti e superei um câncer", editora Planeta) onde narra toda a sua jornada, a fim de ajudar outras mulheres e também homens a descobrirem e superarem o problema. “Quem procura pode achar. E quem acha, cura”, defende.
Não adianta, me emociono toda vez que vejo essa entrevista 🤏💖 #MaisVocê pic.twitter.com/mnWSoCuEJr
— TV Globo 📺 (@tvglobo) October 4, 2023
"Tive coragem de dizer que estava doente pra dizer que pode acontecer com todo mundo. (...) Eu usei muita prótese (peruca) no início do tratamento", admitiu pela primeira vez em rede nacional. A esposa do diretor Boninho revelou que sentia vergonha pelo impacto que a doença teve na sua autoestima.
"[Ver] A minha vaidade ser abalada dessa forma, eu não sabia o que falar, eu tinha medo. O câncer veio como um professor, pra transformar minha vida e ressignificar tudo".
O livro com esse e outros detalhes tem prefácio assinado por Ana Maria Braga. Os exemplares podem ser encontrados em lojas online e livrarias espalhadas por todo país. Segundo Ana Furtado, toda a renda será revertida para o Protea.
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