Aneurisma na artéria carótida: o que é a condição que levou Márcia Sensitiva a passar por cirurgia
Astróloga recebeu alta e está em repouso após procedimento; entenda condição
A astróloga Márcia Sensitiva foi internada no último domingo, 23, para a retirada de um aneurisma na artéria carótida. Nesta terça-feira. 25, ela informou aos seguidores que recebeu alta do hospital e está em casa, em repouso.
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“Lembra que tinha dois aneurismas? Um cresceu muito e tive que operar. Não abriram o crânio, foi na carótida. Não estou com dor nenhuma, só das injeções”, contou Márcia em um vídeo publicado nas redes sociais.
De acordo com Larissa C. Nunes de Carvalho, médica cirurgiã vascular e ultrassonografista vascular nos laboratórios Salomão Zoppi e Delboni, o aneurisma da artéria carótida é uma dilatação anormal em uma das artérias carótidas, que são os principais vasos sanguíneos responsáveis por levar sangue ao cérebro, face e pescoço.
“Os aneurismas podem ocorrer tanto na região cervical, no pescoço, quanto intracraniana, dentro do crânio. Os intracranianos são mais perigosos e de difícil diagnóstico”, explica a especialista.
Entre as causas mais comuns desse tipo de aneurisma, estão:
- Aterosclerose: acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias;
- Trauma: lesões no pescoço que danificam a parede arterial;
- Infecções: em casos raros, podem enfraquecer a parede das artérias;
- Doenças genéticas: como a síndrome de Marfan e a displasia fibromuscular;
- Histórico familiar: cerca de 20% dos casos têm relação genética.
Segundo Larissa, muitos aneurismas da carótida são assintomáticos e podem permanecer sem diagnóstico por anos. Quando os sintomas surgem, é essencial procurar ajuda médica. Alguns sinais incluem:
- Massa pulsátil no pescoço (um inchaço que pulsa com o batimento cardíaco);
- Rouquidão se o aneurisma pressionar nervos no pescoço;
- Dificuldade para engolir;
- Problemas de visão;
- Sinais neurológicos: como Acidente Isquêmico Transitório (AIT) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Nos casos intracranianos, se o aneurisma se romper, podem surgir dor de cabeça intensa, vômitos, confusão mental e rebaixamento da consciência. Nessa situação, o risco de morte é elevado.
O diagnóstico de aneurisma da carótida pode ser feito por:
- Exame físico: identifica massas pulsáteis no pescoço;
- Ultrassonografia Doppler Vascular: avalia o fluxo sanguíneo nas artérias carótidas;
- Angiografia por Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética: fornece imagens detalhadas das artérias;
- Arteriografia cerebral: um procedimento invasivo que injeta contraste nas artérias para uma análise precisa.
Segundo a médica, o tratamento varia conforme o tamanho, localização e sintomas do aneurisma, podendo incluir:
- Monitoramento: para aneurismas pequenos e assintomáticos;
- Medicamentos: para controlar a pressão arterial e evitar o crescimento do aneurisma;
- Cirurgia: procedimentos abertos ou endovasculares para corrigir a dilatação no pescoço; se intracraniano, pode ser necessária a clipagem do aneurisma.
A especialista destaca que há uma forte relação entre aneurismas da carótida e doenças cardiovasculares preexistentes, como doença arterial coronariana, hipertensão, tabagismo, diabetes e dislipidemia.
Para prevenir, Larissa recomenda:
- Controlar a pressão arterial;
- Parar de fumar;
- Adotar uma dieta equilibrada com baixo teor de gordura saturada;
- Praticar exercícios regularmente;
- Gerenciar o estresse.