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Angústia de fim de ano, como lidar?

Com o que a angústia de fim de ano está relacionada? Entenda como olhar para essa questão

2 dez 2024 - 09h42
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angústia de fim de ano
angústia de fim de ano
Foto: Chad Madden / Unsplash / Personare

Então é natal…e o que você fez?

Bom, se você estiver pensando "O que eu fiz?", você acabou de engatilhar a angústia de fim de ano. E sim, a alguns sentimentos são processos comuns, porém, na maioria das vezes, não é saudável.

Nos últimos meses do ano, as pessoas se percebem mais agitadas, cansadas, frustradas, ansiosas, irritadiças e, principalmente, desanimadas. Também ficam super ativadas para bater metas, revisar questões. E acabam esbarrando em mais ansiedades, frustrações e desânimo. Você já cansou só de pensar, não é?

Ao não ter força para cumprir com tudo isso, só aumenta a energia mais densa que nos atrapalha nas resoluções e aplicações de foco para esse tanto de coisas a serem feitas.

Você sabia que isso está ligado a mudança das estações?

A primavera deixando angústia no fim de ano

Para a medicina chinesa, esse processo de acesso a frustração e irritabilidade está presente no elemento madeira, que rege a primavera. Primavera que, no Hemisfério Sul, está finalizando quando chegamos ao fim de ano.

Com isso, a primavera pode deixar as pessoas mais ativas, principalmente os órgãos ligados ao elemento madeira (fígado e vesícula) e, na maioria dos casos, desarmonizadas.

Por isso, aquelas emoções, situações, sentimentos e traumas que não foram ressignificados podem potencializar essa angústia de fim de ano. Então assim, além dos processos internos que ocorrem nesse período do ano, recebemos de "brinde" movimentos provocados pela mudança de estação.

Qual o significado da angústia de fim de ano?

Para responder essa pergunta encontramos duas definições, uma na Psicologia tradicional e outra na Medicina Tradicional Chinesa.

Por angústia é possível, na Psicologia, encontrar diversos tipos de definições. Todas estão corretas, uma complementa a outra. Mantenho a intenção não de estabelecer uma verdade absoluta, mas termos o máximo de pontos de vista possíveis.

Vamos lá? A angústia pode ser diagnosticada quando há um cenário onde se estabelece uma condição psicológica de percepção ou sentimento que está relacionado com perdas, falta de perspectivas (quando, por exemplo, não se encontra uma saída provável para um problema), fracassos e dores enfrentadas no decorrer da vida.

Ou seja, a angústia está ligada a vários fatores externos relacionados à vida de cada pessoa, nada partindo de dentro de você.

Nesse contexto, é importante entender que a angústia faz parte do nosso dia a dia. Ela está ali, e é ela que nos caracteriza como seres humanos. É um sentimento normal que nos fornece a percepção de estarmos vivos.

Sim, isso mesmo, a dor está ali e nos traz a lembrança de que estamos vivos. Porém, se a dor se prolonga, assim como a infelicidade, um alerta deve se acender para informar que algo não está em bom funcionamento.

Na Medicina Tradicional Chinesa, a angústia é entendida sob a perspectiva do sentimento de frustração. Essa perspectiva não descaracteriza o modelo de entendimento da Psicologia, mas apresenta um ponto de vista como um fator provocado através fatores externos que geram emoções extremas (como crises de raiva ou ansiedade).

Isso a ponto de desequilibrarem a energia e o fluxo da corrente sanguínea (aumento da pressão, frequência respiratória e cardíaca, entre outras questões), o que pode influenciar em alterações na mente e no espírito.

Resumindo, a Medicina Tradicional Chinesa entende que no fim da primavera e no início do verão as sensações podem ser sentidas com maior intensidade por causa da influência de dois elementos: a madeira (ligada à Primavera) e o fogo (próprio do Verão).

Sintomas da angústia

A ideia da frustração está associada à energia de um órgão, o fígado. Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, o fígado está associado ao elemento madeira e aos seguintes sentimentos puramente positivos quando em equilíbrio. São eles:

  • sono e sonho (criatividade e fantasias);
  • projeção;
  • equilíbrio das emoções;
  • olhos e visão;
  • coragem;
  • planejamento;
  • movimento da mente.

Diante disso, é possível entender que todos os nossos órgãos têm energia positiva dentro deles e nada é produzido negativamente, para que se volte contra si próprios.

Ao contrário disso, elas somente se tornam negativas quando há interferência externa. Emoções extremas afetam diretamente a energia dos órgãos internos.

Nesse sentido, todas as alterações que podem vir a acontecer tem como alvo órgãos, tais como: rim, pulmão, fígado, coração e baço-pâncreas. Órgãos vitais relacionados com a mente.

Igualmente em função do desequilíbrio, tanto pela falta quanto pelo excesso energético causam indecisão, angústia, depressão, superexcitação, raiva, vontade de chorar, astenia (enfraquecimento) mental e obsessão.

Relação entre angústia e primavera e verão

A aproximação do fim de ano nos leva a algumas reflexões como fechamento de um ciclo e abertura de um novo, revisão dos acontecimentos e realizações, festividades, confraternização. Ou seja, são muitos eventos em um pouquíssimo espaço de tempo.

Do mesmo modo, neste período somos bombardeados com uma série de promoções de  excesso de felicidade, harmonia, famílias perfeitas e tudo aquilo que sabemos que não existe no mundo real. Entretanto será que sabemos mesmo?

Embora nosso senso de realidade nos indique que toda essa oferta não seja real, nossas expectativas são sempre pautadas no que estamos vendo. Logo, está aí o ambiente ideal para gerar uma série de sentimentos e energias que podem nos tomar quase que por completo.

Antes mesmo que você perceba, os pensamentos já estão ali causando sentimentos diversos. O que vai resultar em controle, angústia, ansiedade, depressão… são distúrbios mentais sérios, mas tratáveis.

A angústia aparece como o resultado do controle daquilo que você quer dominar para que aconteça efetivamente de sua maneira. A ansiedade é a obsessão de que algo aconteça o quanto antes, mas ainda não aconteceu e talvez não aconteça.

Em outras palavras, o resultado é aquele sentimento de vazio. É o que de fato não aconteceu conforme esperado, a sensação de que nada acontece, de aprisionamento e que não te permite seguir em frente. Enfim a frustração chega, o sintoma da angústia.

Veja, eu falei sobre o elemento madeira na primavera, a frustração está associada porque é o elemento em deficiência causando esse sentimento. Como resultado, vem a angústia.

Energias entre as estações e os sintomas da angústia no fim de ano

Costuma-se confundir a angústia com a ansiedade. Os sintomas são diferentes, mas a angústia pode ocasionar pontos ligados à ansiedade, como excesso de pensamentos negativos, crises de ansiedade, batimentos cardíacos descontrolados e rápidos, dores no peito e nó na garganta, sufocamento e dificuldade para respirar, inquietação e dores de cabeça.

Contudo, a explicação para que todos esses sentimentos e sintomas ocorram não é apenas pelas festividades de fim de ano pura e simplesmente. É o resultado de desarmonia energética, considerando a transição entre as estações.

A influência do elemento madeira na primavera tem, por si só, todo o sentimento de projetar sonhos e fantasias. Tem a ver a com o movimento da mente de planejar e está sempre em busca do equilíbrio das emoções.

Então, quando a primavera vai se aproximando do verão para dar lugar ao elemento fogo, que tem em si a alegria, a agitação e o coração, ali está também forte estímulo ao pensar as memórias e armazenamento de informações, assimilação de experiências, mas acima de tudo o julgamento.

Percebe que o julgamento está ali para questionar o seu controle e a realização de algo que foi projetado? Lembra que a frustração é o sintoma da angústia, que é o resultado do controle e a ansiedade?

Como resultado desse movimento entre uma estação e outra percebe-se potencial aumento do sentimento frustrado de algo que foi projetado.

Imediatamente esse conflito pode desequilibrar a energia do fígado que acaba por produzir raiva e indecisão, enquanto o coração pode produzir a vontade de chorar. Sentimos que o controle está afetado e vamos retroalimentando a ânsia dos acontecimentos projetados, estes são sentimentos que desencadeiam a angústia.

É uma reação em cadeia, e a angústia de fim de ano pode ser explicada dessa forma, assim como o porquê desses sintomas de amargura, do pesar, da dor podendo resultar na ansiedade e até na depressão.

Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, todas essas reações afetam diretamente a circulação da energia de maneira inapropriada. Por exemplo, o pensamento excessivo prende e estagna a energia, assim como a euforia a retarda, e a melancolia a dissolve.

Deixe fluir a angústia no fim deste ano

Antes de mais nada, é importante trazer o assunto em discussão porque muitas pessoas sofrem desse mal sem saber da razão de estarem passando por essa situação. E esclarecer que, sim, é possível ter qualidade de vida melhor ao lidar com a angústia de fim de ano.

Ainda é bom entender a importância de não suprimir a dor e o sentimento. Assim, a mente consegue produzir a mesma energia positiva de maneira objetiva.

Primeiramente entenda: não suprimir o sentimento não significa sucumbir a ele, mas reconhecer. A adoção de uma postura mais consciente e a observação para encontrar caminhos que nos tornem mais leves e objetivos ajudam de maneira positiva.

Sendo assim, os sintomas não são a raiz, porém servem como alerta para tratar o problema da angústia de fim de ano. Essas são algumas dicas e passos para uma melhora na qualidade de vida:

  • Respire calmamente para melhorar sua oxigenação. Isso promove mais tranquilidade.
  • Faça caminhadas leves.
  • Faça atividades físicas para se adequar ao período. Mas lembre-se de que, com o elemento fogo (que rege o coração), não devemos criar muitas reservas de energia. Não gaste demais considerando o período de maior agitação.
  • Tente uma dietaterapia à base de saladas e alimentos leves, sucos cítricos que deem sensação de frescor.
  • Experimente meditar e fazer mindfullness.
  • Inclua mais chás e escaldapés na rua rotina.
  • Que tal começar uma Jornada de Aromaterapia?
  • Experimente Cromoterapia.
  • Que tal uma sessão de Acupuntura?
  • Conheça os benefícios do Reiki.
  • Faça um atendimento de PranicHealing (Psicoterapia prânica).
  • Procure um profissional de Psicoterapia. Associada à Terapia Integrativa, vai ajudar no autoconhecimento e a lidar com esses e outros problemas que estejam frustrando, agoniando e angustiando você.

O post Angústia de fim de ano, como lidar? apareceu primeiro em Personare.

Eric Flor (eriflorfrancisco@gmail.com)

- Eric Flor é terapeuta integrativo formado em fisioterapia, acupunturista e mestre em Reiki. Faz atendimentos online e presenciais em João Pessoa com Auriculoterapia, Ventosaterapia, Moxaterapia, Orgoniteterapia, Cristalterapia e Pranic Healing (Cura Prânica) na promoção de saúde em todos níveis, equilíbrio e bem-estar.

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