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Angústia sofrida por mulheres grávidas provoca mudanças genéticas nos filhos

30 set 2014 - 22h44
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Um estudo realizado por pesquisadores canadenses aponta que o sofrimento e a angústia que afetam mulheres durante a gravidez se traduz em mudanças genéticas em seus filhos.

Os pesquisadores chegaram a esta conclusão após estudar 36 indivíduos que nasceram após a gigantesca tempestade de gelo que afetou o Québec no inverno de 1998 e que provocou a destruição do sistema de transmissão elétrica de grande parte da província canadense.

Cinco meses depois da tempestade, os pesquisadores do Instituto Universitário Douglas de Saúde Mental e da Universidade McGill de Montreal selecionaram mulheres que estavam em período de gestação durante a crise e avaliaram seu nível de sofrimento e angústia.

Passados 13 anos, o DNA nas células T, que fazem parte do sistema imunológico, de 36 indivíduos nascidos dessas mães mostraram "patrões distintivos" na metilação (o principal mecanismo de modificação da atividade do DNA), disseram os pesquisadores em comunicado.

Os pesquisadores chegaram a determinar que "o número de dias que uma mulher grávida esteve sem eletricidade durante a tempestade de gelo do Québec prediz o perfil epigenético de seu filho".

Embora o estudo não tenha determinado as consequências da modificação genética produzida pelo sofrimento maternal, os pesquisadores assinalaram que as mudanças detectadas nos genes relacionados à imunidade e ao metabolismo do açúcar dos 36 indivíduos podem produzir asma, diabetes e obesidade.

EFE   
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