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Anticorpos de lhama podem ser próxima arma contra H1N1

Em ratos, técnica se mostrou mais eficiente que as vacinas tradicionais; ainda não há, porém, testes em humanos

1 nov 2018 - 15h00
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Símbolo dos Andes, as lhamas forneceram a um grupo de cientistas anticorpos que talvez facilitem o combate às gripes causadas pelo vírus influenza, inclusive a H1N1. 

Os testes feitos em ratos foram animadores. A mortalidade dos animais em decorrência do vírus diminuiu, inclusive nos ratos mais velhos e debilitados.

“Se os resultados dos testes pré-clínicos também forem observados em humanos, uma dose intranasal anual de AAV9.MD3606h [a substância extraída das lhamas] poderá prover proteção passiva por toda a temporada de influenza”, diz o estudo.

Os resultados serão publicados nesta sexta-feira (2) pela revista científica Science. É de autoria de uma equipe liderada por Nick S. Laursen, do instituto de pesquisa Scripps, nos Estados Unidos. Também teve participação europeia e chinesa.

Para obter os anticorpos das lhamas, os animais foram imunizados com vacinas para gripe. Após seus organismos processarem a substância, os anticorpos foram extraídos.

Lhamas descansam no deserto do Atacama, no Chile
Lhamas descansam no deserto do Atacama, no Chile
Foto: Daniel Cicivizzo / Futura Press

Além da administração intranasal no paciente, também seria possível tratamento intravenoso. De acordo com os cientistas envolvidos no estudo, essa estratégia tem potencial para ser mais efetiva que as imunizações usadas atualmente.

As vacinas protegem contra cepas específicas do vírus influenza. Há muitas variações, e nada impede que uma cepa diferente infecte uma pessoa vacinada. A possível nova estratégia divulgada pela Science se mostrou, em ratos, eficaz contra variações tanto da influenza tipo A quanto do tipo B.

Ainda, de acordo com os cientistas, a imunização por esse meio é mais rápida do que pelas vacinas tradicionais. Por começar a proteger os ratos apenas 3 dias após a aplicação intranasal, poderia combater de maneira mais eficaz uma eventual pandemia do vírus.

Para ter certeza que o processo funciona em humanos, porém, ainda são necessários mais testes.

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Fonte: Redação Terra
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