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Anvisa alerta sobre Botox falsificado; saiba como identificar

Anvisa divulgou como identificar o Botox falsificado. O cirurgião plástico Dr. Thiago Marra explica quais os efeitos na saúde

9 fev 2023 - 08h00
(atualizado às 21h59)
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta para os profissionais de saúde e a população sobre a falsificação de toxinas botulínicas. Isso porque a empresa detentora do registro do medicamento Botox, Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda., comunicou ao órgão a identificação no Brasil de duas unidades do produto falsificado: Botox® 100U (toxina botulínica A), lote C7654C3F, validade até 04/2025, que apresenta rotulagem em português.

No entanto, o lote C7654C3F é considerado válido pela empresa. Isso quer dizer que também há unidades originais desse mesmo lote no mercado. As principais diferenças entre o produto falsificado e o produto original estão na rotulagem, na bula e na embalagem.

Veja a comparação entre o Botox original e o falsificado

A Anvisa divulgou fotos comparando o produto falsificado (denominado complained - imagens do lado esquerdo) e o original (imagem do lado direito).

O medicamento original possui um selo na embalagem secundária, mas o selo não está presente no produto falsificado. Foto: Anvisa/Divulgação
O medicamento original possui um selo na embalagem secundária, mas o selo não está presente no produto falsificado. Foto: Anvisa/Divulgação
Foto: Saúde em Dia
A “letra c” em uma parte da embalagem secundária é diferente no produto falsificado. Foto: Anvisa/Divulgação
A “letra c” em uma parte da embalagem secundária é diferente no produto falsificado. Foto: Anvisa/Divulgação
Foto: Saúde em Dia
O espaço “raspe aqui com metal” também é diferente na embalagem do produto falsificado. Foto: Anvisa/Divulgação
O espaço “raspe aqui com metal” também é diferente na embalagem do produto falsificado. Foto: Anvisa/Divulgação
Foto: Saúde em Dia
A cor do rótulo e o tipo da letra utilizados na embalagem primária (o frasco-ampola) difere do produto original para o falsificado. Foto: Anvisa/Divulgação
A cor do rótulo e o tipo da letra utilizados na embalagem primária (o frasco-ampola) difere do produto original para o falsificado. Foto: Anvisa/Divulgação
Foto: Saúde em Dia
No produto original há um número que identifica o material de embalagem da tampa. Este número está ausente no produto falsificado. Foto: Anvisa/Divulgação
No produto original há um número que identifica o material de embalagem da tampa. Este número está ausente no produto falsificado. Foto: Anvisa/Divulgação
Foto: Saúde em Dia
A bula é bastante diferente entre o produto original e a falsificação. O material, o tipo de letra e a forma de dobrar diferem. Além disso, há um asterisco (*) após o termo “toxina botulínica A” no produto falsificado, que não existe no original. Foto: Anvisa/Divulgação
A bula é bastante diferente entre o produto original e a falsificação. O material, o tipo de letra e a forma de dobrar diferem. Além disso, há um asterisco (*) após o termo “toxina botulínica A” no produto falsificado, que não existe no original. Foto: Anvisa/Divulgação
Foto: Saúde em Dia
A parte interna da embalagem secundária também é diferente. Foto: Anvisa/Divulgação
A parte interna da embalagem secundária também é diferente. Foto: Anvisa/Divulgação
Foto: Saúde em Dia
Na embalagem original não há impressão do número do lote na tampa do frasco-ampola como há na embalagem do produto falsificado. Foto: Anvisa/Divulgação
Na embalagem original não há impressão do número do lote na tampa do frasco-ampola como há na embalagem do produto falsificado. Foto: Anvisa/Divulgação
Foto: Saúde em Dia

Considerando que há unidades originais e, potencialmente, outras unidades falsificadas do mesmo lote (C7654C3F, número de registro 1.0147.0045.001-2), a Anvisa recomenda contatar a empresa detentora do registro, a Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda., caso haja dúvidas se o produto é original.

Dysport

A empresa detentora do registro do medicamento Dysport, Beaufour Ipsen Farmacêutica, comunicou à Anvisa a identificação do produto falsificado Dysport® 300U, lote L25049, válido até 10/2023, pois lote em questão não é reconhecido pela empresa. Além disso, o produto falsificado apresenta rotulagem com dizeres em português.

Foto: Saúde em Dia
Foto: Saúde em Dia

Com relação a esse medicamento, foi publicada medida preventiva no Diário Oficial da União, por meio da Resolução 352, de 1° de fevereiro de 2023, que determina a apreensão e a proibição da comercialização, distribuição e uso do produto falsificado. Ao identificar um produto falso, a Anvisa orienta a não fazer uso do medicamento e imediatamente notificar o órgão por meio dos seus canais de atendimento. 

Riscos para a saúde

O Dr. Thiago Marra, cirurgião plástico e professor, explica que os efeitos do Botox falsificado depende da substância na qual ele é imerso. "Essa substância pode causar alguma reação alérgica, alguma reação de corpo estranho ou processo inflamatório, ou pode ser uma que simplesmente não vai fazer nenhum tipo de efeito no paciente", afirma.

Para os profissionais de saúde, o cirurgião indica conhecer bem a marca com a qual irá trabalhar e, além disso, procurar somente por representantes credenciados. Para a população, o especialista recomenda conhecer bem o profissional que irá fazer a aplicação. É preciso ter confiança e saber do respaldo do médico, uma vez que nem ele mesmo pode saber que está trabalhando com um produto falso.

Thiago lembra que a aplicação de Botox é um procedimento seguro e tranquilo. "Isso porque causa pouca dor e pode ser feito em consultório, e vai ter em torno de três a cinco meses de duração, dependendo da força da musculatura do paciente", afirma. O profissional também destaca que o procedimento é indicado para pacientes jovens, que ainda não têm marcas de expressão - ou então para aquelas pessoas que querem evitar que as rugas continuem aumentando.

Anvisa alerta sobre Botox falsificado; saiba como identificar -
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Foto: Shutterstock / Saúde em Dia
Saúde em Dia
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