Aos 26, mulher retira os seios para evitar câncer de mama
Charley Wood passou por dupla mastectomia e reconstrução das mamas em julho de 2015
Charley Wood foi diagnosticada com o gene cancerígeno BRCA1 aos 26 anos. Depois de ser informada pelo médico que tinha cerca de 85% de chance de ter câncer de mama, ela decidiu passar pela cirurgia de retirada dos seios para diminuir os riscos da doença. As informações são do Daily Mail.
Quando tinha 17 anos, Charley viu sua mãe morrer de câncer no ovário. O gene cancerígeno em seu corpo é hereditário, e logo que o descobriu pediu ao médico para pessar pela mastectomia.
"Meus seios eram como bombas relógio, eu queria eliminar o risco de desenvolver câncer de mama o máximo possível", afirmou em entrevista.
"Quando minha mãe morreu, eu não pensei que poderia haver uma ligação genética, mas minha avó e tia também morreram de câncer no ovário, então resolvi fazer os exames. Assim que o médico disse que o resultado tinha sido positivo para BRCA eu pedi para ser submetida à mastectomia. Eu não queria correr o risco de não estar viva para ver os filhos que eu posso ter no futuro crescerem", contou.
Logo após a retirada dos seios, Charley passou pela cirurgia de reconstrução das mamas e ficou com os movimentos limitados nos meses que se seguiram. "Após a operação eu tinha um dreno de cada lado do meu corpo. Meus seios estavam cobertos com fita médica - eu não os vi por 12 dias", falou sobre o pós operatório.
"Por um tempo é praticamente impossível fazer qualquer coisa", afirmou ao dizer que contou com ajuda das amigas para tomar banho e se vestir.
Para ajudar no processo de recuperação, Charley passou a fotografar o seu dia a dia e a escrever sobre sua decisão em um blog. "Decidi falar sobre minhas experiências para que outras mulheres que estão nessa situação vejam como é a realidade da operação. Foram alguns meses bem difíceis, mas eu não me arrependo".
Falando sobre a possibilidade de ter filhos no futuro, ela afirma que espera que a medicina avance pra que eles não herdem o gene cancerígeno.
"É aterrorizador quando você recebe a notícia que tem o gene BRCA1, mas isso não precisa ser o fim do mundo", completou Charley.