Após recorde de mortes, Lula diz: 'Se Deus ajudar, teremos verão com menos dengue na história'
Em coletiva, presidente anunciou a antecipação da campanha contra a doença; Ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que governo dedicará R$ 1,5 bilhão para as ações de combate nos próximos meses
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse há pouco que, se tudo der certo, o Brasil terá o verão com menos dengue em sua história. No último ciclo da doença, o País teve recorde de mortes. O petista está nesse momento ao lado da ministra da Saúde, Nísia Trindade, no Palácio do Planalto para divulgar ações do governo na área.
"Se Deus ajudar, a gente quer ter o verão com menos dengue na história desse país", declarou o petista. "Todo verão nós somos vitimados pelo crescimento da dengue e de outras doenças. E dessa vez, com a questão climática evoluindo para que o planeta fique mais aquecido, resolvemos antecipar o lançamento da nossa campanha", disse o presidente da República.
"Precisamos preparar a sociedade brasileira. Porque os mosquitos estão nas casas de cada um de nós. Não só das pessoas pobres, estão na casa de pessoas que têm poder aquisitivo maior", disse o petista. Ele afirmou que cada cidadão deve ser "seu próprio médico" - no sentido de tomar medidas para combater o acúmulo de água parada, necessário para a reprodução do mosquito.
"A gente não quer que ninguém brigue com o vizinho, apenas para que alerte o sistema de saúde que tem um vizinho que não está cuidando", disse o presidente da República. Ele disse que está focando em medidas de curto e médio prazo para conseguir resultados na área ainda em seu mandato. "O longo prazo pode estar longe demais", declarou o petista.
Segundo Lula, seu objetivo é "deixar esse país estruturado para que a gente possa ter uma estrutura eficaz para combater de forma massiva os efeitos da dengue".
Ações
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que o governo federal dedicará R$ 1,5 bilhão para as ações contra a dengue nos próximos meses. Ela também afirmou que o governo aguarda liberação da Anvisa para a vacina contra a doença desenvolvida pelo Instituto Butantan.
"Temos uma estimativa para o ano que vem, tudo dando certo, de um milhão de doses do Instituto Butantan, que será de dose única, mas teremos confirmação de todos esses dados a partir do encaminhamento à Anvisa", disse a ministra.
Ela também mencionou a compra de vacinas da farmacêutica japonesa Takeda. Seriam 9 milhões de doses, no total, para serem divididas entre os Estados. A distribuição deverá ser pactuada nos próximos 15 dias, segundo ela.