Após transplante de rim, Faustão deixa a UTI e vai para o quarto
Apresentador de 73 anos foi submetido à cirurgia na segunda-feira, 26, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo
Um dia após realizar um transplante de rim, Fausto Silva, de 73 anos, deixou a UTI do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O apresentador está acomodado em um quarto do hospital enquanto se recupera da cirurgia. As informações são do jornal O Globo.
Faustão recebeu o novo rim seis meses depois de ter sido submetido a um transplante de coração. A cirurgia foi realizada na manhã de segunda-feira, 26, em decorrência ao agravamento "de uma doença renal crônica".
Segundo o colunista Flávio Ricco, que é amigo pessoal de Faustão, o transplante de rim não foi uma novidade. O procedimento já era esperado desde a época do transplante de coração, realizado em agosto de 2023.
Transplante de coração
Em 27 de agosto do ano passado, Faustão recebeu um novo coração, após ficar 21 dias internado. Ele entrou como prioridade na fila de transplante por causa da gravidade do seu caso. Na época, especulou-se que o comunicador 'furou fila'. No entanto, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo explicou que o quadro do apresentador era prioritário.
• FAUSTÃO ERA PRIORIDADE: Doze pacientes aguardavam na fila. Desse total, quatro eram casos prioritários, e o apresentador se encaixava em um deles. Faustão ocupava o 2º lugar na fila de prioridade.
• FAUSTÃO FUROU FILA? Especulações na internet de que Faustão teria "furado a fila" para receber o novo órgão fez com que o Ministério da Saúde esclarecesse que o apresentador foi priorizado em razão de seu estado muito grave de saúde.
• QUANTO TEMPO FAUSTÃO FICOU NA FILA: A esposa de Faustão, Luciana Cardoso, 46, contou que o apresentador esperou 20 dias para receber um novo coração. "Depois dos exames do painel de anticorpos e outros detalhes médicos, Fausto foi incluído na lista no dia 8 de agosto", escreveu ela em carta aberta.
• COMO FOI A CIRURGIA DE FAUSTÃO: O apresentador foi operado ainda na tarde do dia 27 de agosto, depois de o Hospital Israelita Albert Einstein ter sido acionado na madrugada para avaliar a compatibilidade do órgão. A cirurgia durou cerca de 2h30 e foi bem sucedida.
Como funciona a lista de transplantes de órgãos no Brasil?
O Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Em números absolutos, o País é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA.
Atualmente, mais de 42 mil pessoas no Brasil aguardam por um órgão para transplante. Mais de 38 mil aguardam um transplante de rim. De janeiro a setembro de 2023, por exemplo, o rim foi o órgão mais transplantado, sendo responsável por 66,72% dos procedimentos.
A lista de espera por um órgão funciona baseada em critérios técnicos, são eles:
- Pacientes em estado crítico, com risco de morte, por exemplo, são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica;
- A tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados;
- A impossibilidade total de acesso para diálise (filtração do sangue), no caso de doentes renais; a insuficiência hepática aguda grave, para doentes do fígado; necessidade de assistência circulatória, para pacientes cardiopatas; e rejeição de órgãos recentes transplantado são critérios também utilizados;
- Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate.