Astro de Três é Demais revela luta contra câncer em estágio avançado
Dave Coulier desconfiou do tumor após notar um caroço do tamanho de uma bola de golfe crescendo na virilha
Dave Coulier, conhecido por interpretar o tio Joey na série Três é Demais, sucesso na década de 1990 , revelou que foi diagnosticado com linfoma não-Hodgkin, um tipo de câncer, em estágio 3. Em entrevista ao programa Today, o ator contou que recebeu o diagnóstico há pouco mais de um mês.
“Nesse período, passei por três cirurgias, fiz quimioterapia, perdi um pouco de cabelo. Agora pareço um passarinho recém-nascido, mas tem sido uma montanha-russa de emoções, com certeza”, analisou.
Coulier desconfiou do tumor após notar um caroço do tamanho de uma bola de golfe crescendo na virilha. Apesar dos bons resultados nos exames de sangue, as tomografias mostraram "pontos quentes" no pescoço e na virilha. Uma biópsia confirmou o linfoma. "Eles disseram: ‘Sabe, gostaríamos de ter notícias melhores para você, mas você tem linfoma de células B, precisamos iniciar a quimioterapia imediatamente’", relatou.
O ator estava sozinho quando recebeu a notícia. Ao contar para sua esposa, ela achou que fosse brincadeira e pediu para ele “parar de fazer piadas”.
O artista mantém sua rotina como jogador de hóquei e tenta seguir otimista. A previsão é que o tratamento acabe em fevereiro.
O que é o linfoma não-Hodgkin?
Esse tipo de câncer afeta os gânglios linfáticos (linfonodos), que fazem parte do sistema linfático e estão presentes no pescoço, nas axilas e nas virilhas. Os linfonodos são compostos principalmente por glóbulos brancos, que combatem infecções. Quando essas células começam a se proliferar de forma desordenada, surgem os linfomas, cânceres das células do sistema linfático.
Embora as causas exatas do linfoma ainda sejam desconhecidas, estudos indicam que pessoas com imunidade comprometida, expostas a agentes químicos ou a radiação, estão mais propensas a desenvolver a doença.
Outro caso recente é o do deputado estadual Eduardo Suplicy, de 83 anos, diagnosticado em julho. Como a detecção foi precoce, ele tem boas perspectivas de tratamento com imunoquimioterapia. De acordo com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), as chances médias de cura para o linfoma não-Hodgkin variam de 60% a 70%.