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Autismo: níveis, diagnósticos e tratamentos

No dia Mundial de Conscientização do Autismo entenda níveis, diagnósticos e tratamentos possíveis.

3 abr 2023 - 18h57
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Dificuldades na interação social, na comunicação e no comportamento são os sintomas mais comuns em uma pessoa com autismo, transtorno que tem ganhado cada vez mais espaço de estudo e debate na sociedade. Apesar do maior número de conteúdos difundidos sobre o autismo, ainda existem muitas dúvidas, anseios e curiosidades a respeito do transtorno que atinge aproximadamente dois milhões de pessoas no Brasil e 2% da população mundial. Entre os assuntos que causam confusão dentro desta temática, os tipos ou níveis de autismo se destacam. Afinal, toda pessoa com autismo têm sempre os mesmos sintomas? Neste artigo, vamos ajudar você a entender sobre os tipos de autismo, como são feitos os diagnósticos e os tratamentos e cuidados que cada um dos casos exigem. Acompanhe a leitura!  

Autismo: o que é?

Antes mesmo de nos aprofundarmos sobre os níveis de autismo, é importante conhecer a definição do transtorno. O Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno mental de desenvolvimento que afeta, principalmente, a capacidade de interação social e de comunicação, causando dificuldades na linguagem e no comportamento das pessoas. O autismo é definido com um espectro justamente pelo entendimento que existe uma diversidade de sintomas e níveis apresentados pelas pessoas com a condição. Ou seja, cada indivíduo autista vai apresentar um conjunto de características próprias.

Como o TEA pode se manifestar?

De acordo com a CDI-11 - manual organizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para oferecer uma linguagem comum possibilitando que profissionais da saúde em todo mundo possam se comunicar sobre transtornos, doenças, lesões e causas de mortalidade -  o autismo é classificado por três níveis:

  • Nível 1: leve - necessidade de pouco apoio;
  • Nível 2: moderado - necessidade moderada de apoio;
  • Nível 3: severo - muita necessidade de apoio substancial

São esses três níveis de autismo que apontam a gravidade da condição e quais os cuidados necessários para a pessoa com autismo. Veja mais sobre eles!

Nível 1

Considerado como nível leve, no primeiro nível do Espectro Autista o indivíduo tem dificuldade de iniciar relações sociais, mostrando pouco interesse em interagir com outras pessoas. Dentro desse nível, é comum que as pessoas não lidem bem com a troca repentina de atividades, apresentando também pensamentos acelerados e problemas que afetam a organização do indivíduo. Uma pessoa com TEA nível 1 pode enfrentar dificuldades tanto de comunicação como comportamentais, que incluem sintomas como:

  • resposta atípica à interação social;
  • capacidade de falar frases claras e se comunicar, mas com dificuldade de manter uma conversa e fazer amigos;
  • comportamento inflexível que interfere no funcionamento geral em um ou mais contextos.

Nível 2

Indivíduos com nível 2 do TEA apresentam maior gravidade na comunicação verbal e gestual, sendo também muito afetados em relação às interações sociais. Considerado um nível médio de autismo, dentro do segundo nível as pessoas apresentam sintomas como:

  • iniciação limitada de interação social;
  • resposta reduzida às interações sociais;
  • dificuldades perceptíveis com habilidades de comunicação social verbal e não verbal;
  • comportamentos restritos ou repetitivos que interferem no funcionamento diário;
  • dificuldade em mudar o foco ou ação.

Nível 3

O mais alto entre os níveis de autismo, o terceiro nível traz prejuízos mais graves para a comunicação do indivíduo, que também é afetado na realização de atividades consideradas comuns no dia-a-dia. Para os indivíduos que afetados pelo nível 3, são comuns sintomas como:

  • usar poucas palavras e fala inteligível;
  • métodos incomuns de atender às necessidades sociais e responder apenas a abordagens muito diretas
  • comportamento inflexível;
  • extrema dificuldade em lidar com a mudança;
  • experimentar grande angústia ao mudar o foco ou a atividade.

Autismo infantil, jovem e adulto: sinais e sintomas

Assim como existem níveis diferentes de autismo, o transtorno também tem manifestações próprias e sintomas diferentes dentro de cada faixa etária. Por ser um transtorno ligado ao desenvolvimento tanto de  como de comportamento, é mais comum que o autismo seja identificado ainda na infância, muitas vezes nos primeiros anos de vida. No entanto, isso não impede que o diagnóstico aconteça apenas na vida adulta, quando o indivíduo já tem uma bagagem maior de vivências. Por isso, é importante entender como o TEA afeta crianças, jovens e adultos.

Autismo níveis, diagnósticos e tratamentos
Autismo níveis, diagnósticos e tratamentos
Foto: Sou Mais Bem Estar

Sinais e sintomas do autismo em crianças

Com impactos nas interações sociais, comunicação e comportamento, o autismo infantil pode trazer sinais e sintomas como:

  • Não olhar nos olhos mesmo quando alguém fala com ela;
  • Não gostar de carinho ou afeto e por isso não se deixa abraçar ou beijar;
  • Dificuldade em relacionar-se com outras crianças;
  • Repetir sempre as mesmas coisas, sons e palavras; brincar sempre com os mesmos brinquedos;
  • Não querer se comunicar mesmo que saiba falar;
  • Tem sempre a mesma expressão no rosto e não entende gestos e expressões faciais dos outros;
  • Fica extremamente agitado quando está em público ou em ambientes barulhentos;
  • Dificuldade de adaptação a novas rotinas;
  • Não ter medo de situações perigosas.

Sinais e sintomas do autismo em jovens e adultos

Em jovens e adultos o autismo tende a ser leve, muitas vezes não tendo sido percebido durante a infancia. Contudo, na fase adulta, o autismo pode trazer sinais e sintomas como:

  • Ausência de amigos: geralmente o contato com pessoas se limita ao círculo familiar, colégio ou relações virtuais pela internet;
  • Evita sair de casa: tanto para atividades habituais, como utilizar transportes e serviços públicos ou para atividades de lazer, preferindo sempre atividades solitárias e sedentárias;
  • Dificuldade de interação social;
  • Falta de autonomia.

Como diagnosticar o autismo?

O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista é feito de forma clínica. Ou seja, um profissional faz uma análise direta do comportamento do paciente, a partir da forma como ele se relaciona com o mundo. Quando o diagnóstico é feito na infância, os pais também possuem um papel fundamental neste processo, uma vez que convivem com a criança e são capazes de observar possíveis sinais do TEA. Durante a adolescência, os principais sinais estão relacionados às interações sociais, normalmente apresentando dificuldades de interagir com as pessoas da mesma faixa etária e ciclo social. Por fim, na fase adulta, a própria pessoa pode identificar em si sinais do TEA, sendo necessário buscar o auxílio de um psiquiatra, psicólogo ou neurologista. Seja em qual fase os sintomas forem notados, é importante saber que o diagnóstico deve ser feito por um profissional. Muitas vezes as pessoas têm a tendência de fazer diagnósticos a partir de percepções próprias ou o que acreditam ser determinada doença, mas diagnosticar o TEA ou qualquer outra doença, não é tão simples assim. Como comentado anteriormente, cada pessoa é única. Portanto, cada caso precisa ser estudado e analisado conforme as necessidades próprias de cada indivíduo.

Tratamentos e caminhos para cuidar de pessoas com autismo

O TEA é uma condição que afeta o neurodesenvolvimento das pessoas, uma vez diagnosticado por um profissional, existem muitos tratamentos possíveis de acordo com o nível do autismo. Entre os tratamentos e caminhos possiveis para cuidar de uma pessoa com autismo, e possivel:

  • Fazer acompanhamento com profissionais para melhorar os sintomas do autismo, como fonoaudiólogos, psicólogos e psiquiatras;
  • Utilizar metodologias dinâmicas de tratamento como a ludoterapia;
  • Fazer uso de medicamento para tratar questões específicas ocasionadas pelo autismo.

O autismo não tem cura, mas com o tratamento correto e o apoio profissional adequado, os autistas podem evoluir e desenvolver habilidades muitas vezes limitadas pelos sintomas do TEA.

Sou Mais Bem Estar
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