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Banhistas do Rio precisarão reservar espaço na areia via app

Sistema de ocupação anunciado pelo prefeito do Rio deve ser detalhado nesta semana

10 ago 2020 - 15h35
(atualizado às 15h43)
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RIO - A permanência dos banhistas nas praias do Rio de Janeiro, proibida desde março, será liberada nos próximos dias, mas a pessoa deverá reservar por aplicativo um trecho da areia, para evitar aglomeração. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (10) pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).

Pessoas na praia de Copacabna, no Rio de Janeiro
28/07/2020
REUTERS/Ricardo Moraes
Pessoas na praia de Copacabna, no Rio de Janeiro 28/07/2020 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

"As pessoas vão poder ocupar essas demarcações pelo horário que chegarem e também reservando no aplicativo", afirmou Crivella durante cerimônia de apresentação da equipe médica que será enviada a Beirute, capital do Líbano, onde na semana passada uma explosão deixou mais de 150 mortos e 300 mil desabrigados.

O sistema de ocupação das areias deve ser detalhado nesta semana. "Esta semana nós vamos fazer a organização das praias para que as pessoas mantenham o afastamento na areia. A ideia é que assim a gente consiga organizar melhor o que hoje não está bom", afirmou Crivella. "O que a gente pode fazer é o apelo que sempre fazemos: não podemos aglomerar. Peço que quem está indo à praia para tomar banho que não aglomere nas areias", pediu o prefeito, que não divulgou a partir de quanto a permanência nas areias será autorizada. Embora proibida, tem sido comum a presença de muitos banhistas nas areias, principalmente aos finais de semana. A Guarda Municipal e a Polícia Militar, embora eventualmente apliquem multas, não têm conseguido evitar as ocupações.

O banho de mar foi autorizado a partir de 1º de agosto, e desde então o número de pessoas na areia tem aumentado. Neste último domingo (9), as praias do Arpoador e do Leme foram as mais lotadas da zona sul, com muita gente praticando esportes (o que está proibido aos finais de semana) e vendedores ambulantes oferecendo bebidas alcoólicas e alimentos como queijo coalho, camarão e milho, produtos que também estão proibidos.

Em 9 de julho, Crivella chegou a anunciar que só permitiria a permanência nas areias das praias do Rio quando houvesse uma vacina de eficácia comprovada contra a covid-19. "A tendência é manter a proibição até que tenhamos uma vacina. Se a gente libera a praia e faz sol no fim de semana, a areia pode ficar lotada do Leme ao Pontal. Os índices de contaminação estão caindo e não podemos pôr isso em risco", afirmou, na ocasião.

Depois o prefeito mudou de ideia, e agora anuncia um plano de ocupação organizada das areias.

Estadão
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