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Beato millennial morreu há 18 anos e tem corpo exposto: como é feito o processo de conservação?

Igreja explicou que o corpo do garoto foi tratado com técnicas de conservação e integração. Conheça algumas delas

28 mai 2024 - 13h19
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Resumo
O corpo de Carlo Acutis foi preservado com técnicas de conservação e integração para ser exposto aos fiéis, pois está em condições de veneração dos beatos e santos. Entre as técnicas destacam-se embalsamamento, criopreservação, mumificação e plastinação.
Foto: Reprodução/Diocese de Assis

O reconhecimento do papa Francisco sobre o segundo milagre atribuído a devoção a Carlo Acutis aumentou ainda mais a popularidade do beato que morreu aos 15 anos, vítima de leucemia, no dia 12 de outubro de 2006. O corpo de Acutis, que fica exposto em um santuário na cidade italiana de Assis, recebeu centenas de fiéis no último final de semana. 

A aparência “perfeita” que os fiéis registram do corpo de Acutis, vestido com jeans e moletom, em uma proteção de vidro, chamou a atenção de internautas nas redes sociais, já que o rapaz morreu há 18 anos. 

Com a popularidade das imagens divulgadas, a Diocese de Assis divulgou uma nota oficial informando que quando foi exumado no cemitério de Assis, em 23 de janeiro de 2019, para a sua transferência para o Santuário, Acutis encontrava-se em “estado normal de transformação, típico da condição cadavérica”.

“O corpo foi tratado com aquelas técnicas de conservação e integração habitualmente praticadas para expor com dignidade aos fiéis os corpos à veneração dos beatos e santos”, informou a Diocese.

A nota distribuída explica ainda que a reconstrução do rosto de Carlo foi feita com uma máscara de silicone, mas não especifica qual técnica de conservação foi usada.

Diocese divulgou vídeo do corpo de Carlo Acutis
Diocese divulgou vídeo do corpo de Carlo Acutis
Foto: Reprodução/Diocese de Assis

Técnicas de conservação e integração

A conservação e integração de um corpo pós-morte envolve diversas técnicas, cada uma com propósitos e métodos específicos. Estas técnicas são aplicadas em contextos como medicina forense, rituais religiosos, conservação histórica, e educação médica.

Em todas elas, deve-se sempre considerar aspectos éticos e legais, respeitando as crenças e desejos dos falecidos e seus familiares, além das regulamentações locais e internacionais sobre o manejo de restos humanos. 

As principais técnicas são:

Embalsamamento

A técnica visa preservar o corpo para funerais, estudos anatômicos ou investigação forense. No processo, injeta-se um líquido preservativo (geralmente uma solução de formaldeído) nas artérias do corpo; Aspira-se os líquidos dos órgãos internos e cavidades do corpo, substituindo-os por soluções preservativas e é feita a aplicação de substâncias químicas na superfície do corpo, especialmente em áreas danificadas.

Criopreservação

A criopreservação preserva o corpo, ou partes do corpo, a baixas temperaturas (geralmente entre -156 e −196 °C), na esperança de futuras reanimações ou estudos científicos. Na técnica, o corpo é gradualmente resfriado e armazenado em temperaturas extremamente baixas usando nitrogênio líquido.

Mumificação

A mumificação é um método de preservação de cadáveres que diminui drasticamente a intensidade da decomposição. Geralmente realizado para fins religiosos ou culturais, condições ambientais secas e frias que naturalmente desidratam o corpo ajudam no processo. Também é feita a remoção dos órgãos internos, tratamento com substâncias preservativas e embrulho em linho ou outros materiais.

Plastinação

Nessa técnica, é realizada a remoção dos líquidos corporais e gordura, substituindo-os por polímeros como silicone ou epóxi, que são então endurecidos, buscando preservar corpos ou partes do corpo para estudos anatômicos detalhados.

Dissecação 

O procedimento de dissecação remove toda a umidade do corpo para prevenir decomposição, geralmente expondo o corpo a condições extremamente secas ou utilização de agentes dessecantes como sílica gel ou sal.

Fonte: Redação Terra Você
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