Script = https://s1.trrsf.com/update-1725976688/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Pílula que se transforma em balão gástrico promete mesmos efeitos de cirurgia bariátrica

Vídeo com o medicamento viralizou nas redes sociais; médico explica a eficácia

25 out 2018 - 12h20
(atualizado às 12h26)
Compartilhar
Exibir comentários
Pílula que se transforma em balão gástrico promete mesmos efeitos de cirurgia bariátrica.
Pílula que se transforma em balão gástrico promete mesmos efeitos de cirurgia bariátrica.
Foto: Reprodução/Facebook/@aisipoa / Estadão

A cirurgia bariátrica é indicada para pacientes com obesidade ou com outras doenças paralelas, como diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia. Para fazer o procedimento, os médicos avaliam quatro critérios: idade, índice de massa corporal, outras doenças associadas e o tempo de doença.

Para ser 'candidato à cirurgia', o paciente deve ter entre 18 e 65 anos, Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 40 kg/m², com ou sem comorbidades, ou entre 35 e 39,9 kg/m², com comorbidades como diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia, que melhoram quando a obesidade é tratada. Deve ter tido falha de tratamento clínico realizado por pelo menos dois anos. Além disso, a pessoa não pode apresentar algumas situações específicas, como limitação intelectual, distúrbios psiquiátricos e etilismo atual ou recente.

A transformação estética de um paciente que realiza a cirurgia bariátrica é visível em pouco tempo. Por isso, muita gente que não precisaria fazer o procedimento tem a ilusão de que se 'encaixaria' nesses critérios médicos.

Recentemente começou a circular um vídeo nas redes sociais mostrando um medicamento, uma espécie de pílula que, ao ser ingerida, se transforma em balão gástrico. Os internautas ficaram empolgados com a possibilidade do método pouco invasivo.

Assista ao vídeo:

Diante da procura, a equipe do E+ entrevistou o médico Marcos Belotto, gastrocirurgião do Hospital Sírio Libanês, para tirar dúvidas a respeito da 'pílula bariátrica'.

Essa pílula que se transforma em balão gástrico pode ser uma alternativa para a cirurgia bariátrica?

Sim, para casos específicos. Pacientes que apresentem contraindicações ou que não desejem a cirurgia bariátrica, mas se enquadrem nas indicações da pílula-balão podem sim serem beneficiados. Porém, é importante ressaltar que, apesar de ambos terem como finalidade o tratamento da obesidade, tanto a cirurgia quanto o balão possuem particularidades que devem ser avaliadas individualmente. De modo geral, esse balão se apresenta como uma alternativa, mas não substitui a cirurgia bariátrica em muitos casos.

Quais são os perigos desse tipo de medicação e quais podem ser os efeitos esperados?

Por tratar-se de um método novo, os dados sobre a sua segurança ainda são pouco conhecidos. Apesar disso, sabe-se que, por tratar-se de um corpo estranho no interior do estômago, o paciente pode apresentar desde náuseas e dor abdominal discreta, até o desenvolvimento de úlceras, sangramento gástrico e obstrução intestinal por migração do balão, quadros importantes e de risco à saúde do paciente, exigindo a retirada imediata dos balões. Quando o dispositivo é bem tolerado, porém, os estudos usados para sua aprovação e o fabricante relatam perda de peso variável, devendo ser associado à dieta e exercícios físicos, como ocorre na cirurgia bariátrica.

Existe alguma orientação pós-cirúrgica, para que o indivíduo não volte ao sobrepeso? Se sim, qual?

Sim, o paciente deve ser previamente esclarecido e preparado para adequações alimentares e de estilo de vida no pós-operatório, além de ser acompanhado por equipe multidisciplinar. É fundamental que ocorra adesão à dieta, realização de atividade física e outros cuidados, como tratamento de transtornos psiquiátricos, situações que frequentemente se associam com o retorno do sobrepeso.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade