Refrigerante, a bebida que traz 3 prejuízos à nossa saúde
Sem qualquer valor nutricional, refrigerante ainda prejudica a circulação, a saúde dos ossos e dentes e aumenta a chance de obesidade
Comumente conhecido pelo excesso de açúcar, o refrigerante é uma bebida que dificilmente desagrada o paladar. Seja nas refeições diárias, em grandes festas ou pequenas confraternizações, ele sempre se faz presente pelo prazer gerado a cada gole. De acordo com o IBGE, no Brasil, o refrigerante foi responsável por 71,6% das vendas de bebidas não alcoólicas no ano de 2019. Esses dados devem ser considerados alarmantes, tendo em vista que seu consumo traz diversos malefícios à saúde, como retenção de líquidos, aumento de peso, distensão abdominal, enfraquecimento dos ossos, aumento de processo inflamatório e até câncer.
Segundo Cyntia Maureen, nutricionista da Superbom, os refrigerantes são compostos por uma grande quantidade de açúcar, sódio e conservantes, grandes vilões da saúde. Ela explica que sua ingestão pode trazer diversas consequências ao corpo de uma só vez. "Devido aos elementos presentes em sua fórmula, a bebida não possui nenhum valor nutricional, a famosa caloria vazia. Pelo contrário, seus ingredientes são capazes de provocar doenças a longo prazo", afirma.
Antes de evidenciar quais são seus malefícios, a especialista aponta o motivo das pessoas não conseguirem se manter longe da bebida. "Ao ingerir açúcar, é ativado um sistema de recompensa no cérebro, que gera satisfação pelo que está sendo consumido. Além disso, a cafeína também gera um efeito de dependência", relata. Uma lata de refrigerante seria capaz de causar vômitos se não fosse a presença do ácido fosfórico, que reduz a percepção do dulçor do líquido. Graças ao componente, o cérebro reage bem e o paladar se torna cada vez mais viciado.
A nutricionista destaca que os altos níveis de sódio e açúcar presentes no refrigerante prejudicam a circulação, diminuem a ação da insulina e desequilibram os níveis de sódio no organismo. "Ele pode até causar aumento da pressão arterial ou diabetes tipo 2", destaca. Além disso, seu consumo diário favorece a retenção de líquido, provoca inchaço e deixa o sangue mais denso, favorecendo a formação de coágulos.
O ácido fosfórico também impede o corpo de absorver o cálcio necessário para fortalecer os ossos, desenvolvendo problemas como cáries e osteoporose. "Por conta da acidez, o organismo utiliza o cálcio dos ossos e dentes para neutralizar os efeitos da bebida", informa a nutricionista. Esse ácido também se encontra no gás do refrigerante, responsável por dilatar o estômago e prejudicar a absorção de nutriente dos alimentos. "A gaseificação ocasiona mais acidez no sistema digestivo, causando gastrite, azia e flatulências. Além disso, também gera a falsa sensação de saciedade e provoca fome em menores intervalos de tempo, por isso o aumento de peso é estimulado", explica.
Cyntia ainda ressalta que optar por refrigerantes lights ou diets não traz nenhum benefício. "Em suas novas versões, a indústria exclui o açúcar, mas acrescenta, componentes ricos em sódio, o que dobra a quantidade de sal presente no líquido, que segue fazendo mal ao corpo", descreve. Sem nenhum valor nutricional à saúde, seu consumo é diretamente ligado as taxas de obesidade e facilita o desenvolvimento de tumores. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), a comorbidade mencionada está associada a 13 tipos de câncer, como o de estômago e intestino.
Como forma de reduzir os efeitos da bebida, Maureen indica que a melhor opção é evitar o refrigerante e substituí-lo por água e sucos de frutas naturais. "Optar por sucos integrais é uma ótima escolha, pois além de serem ricos em água, também são fontes de fibras, vitaminas e minerais, que colaboram para o bom funcionamento do intestino, controlam os níveis de glicemia e colesterol, auxiliam no funcionamento dos rins e favorecem a digestão. Assim, é possível continuar saboreando cada gole e, melhor ainda, trazendo benefícios ao corpo", finaliza.