Bexiga baixa: entenda as causas do prolapso genital
Apesar de ser frequente, muitas mulheres desconhecem o problema. Conheça causas e tratamentos para a bexiga baixa.
A bexiga baixa, também conhecida como , é um problema comum entre as mulheres, que ocorre em função da perda de sustentação não só da bexiga, mas de outros órgãos, como a uretra, o útero, o intestino e o reto. É essa falta de conservação da estrutura pélvica que dá o nome popular à disfunção.
Por conter menos fibras musculares, a região que frequentemente é atingida é o canal vaginal. Esse enfraquecimento da estrutura do assoalho pélvico pode acontecer após partos múltiplos e gestações consecutivas, por exemplo.
Mas não é só isso. Em 2012, a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) publicou um artigo no qual relacionou entre os fatores de risco a obesidade, o processo de envelhecimento e partos normais. Ainda de acordo com o texto, a incidência de bexiga caída vem dobrando a cada década.
Fatores de risco da bexiga baixa
Distúrbios genéticos
Entre os fatores de risco, estão os distúrbios genéticos. Problemas no tecido conjuntivo podem aumentar as chances de desenvolvimento do prolapso. Os casos de bexiga baixa são ainda mais comuns em mulheres portadores de síndrome de Marfan. Outros tipos de doenças neurológicas e musculares também estão entre as causas do problema.
Aumento da pressão intra-abdominal
O aumento da pressão intra-abdominal está ligado à obesidade. Essa condição também está presente na constipação crônica, na tosse crônica e no levantamento de peso repetitivo.
Envelhecimento
O desgaste natural causado pelo envelhecimento contribui para a ocorrência de prolapso genital.
Parto vaginal
Partos normais estão entre as causas mais frequentes de prolapso genital. Um estudo de Oxford, com 17 mil mulheres, mostrou que pacientes que tiveram dois partos vaginais foram hospitalizadas para corrigir prolapsos oito vezes mais que mulheres que nunca passaram por esse procedimento.
Sintomas e consequências
Os prolapsos iniciais, em estágios 1 e 2, apresentam queixas urinárias, intestinais e sexuais. De forma prática, a perda de sustentação do assoalho pélvico causa desconforto durante o , constrangimento e diminuição de atividade física, social e até mesmo profissional.
De acordo com o artigo da FEBRASGO, alguns especialistas apontam que de 36% a 80% dos casos que se encontram em estágio 3 e 4, considerados respectivamente leve e moderado, apresentam incontinência urinária de esforço.
E agora, tratamento cirúrgico ou não?
O diagnóstico não necessita de exames de imagem e pode ser feito com a paciente em posição ginecológica ou em pé. Antes de optar por um tratamento ou outro, o médico deve levar em consideração alguns aspectos como gravidade dos sintomas, função sexual, idade, fatores de risco e recorrência.
Os tratamentos não cirúrgicos envolvem instrumentos que são introduzidos na cavidade abdominal para sustentar os órgãos. Já o tratamento cirúrgico é realizado para corrigir o problema do assoalho pélvico, preservar os órgãos e restaurar a atividade sexual e a função reprodutora. Nessa cirurgia, também podem ser corrigidas e fecal, se necessário.
Converse com o seu médico e veja qual é o tratamento mais indicado para o seu caso.