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Bolsonaro diz que médicos cubanos são "objetos de venda"

O presidente não cogita convocar médicos de outros países para atender casos de coronavírus, mas contará com a ajuda dos estrangeiros que estão no Brasil

20 mar 2020 - 11h17
(atualizado às 11h54)
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 20, que os médicos cubanos são "um objeto de venda por parte do governo cubano". O presidente não cogita, neste momento, convocar médicos de outros países para ajudar no atendimento de saúde dos casos relacionados ao novo coronavírus.

Presidente Jair Bolsonaro. 16/3/2020. REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro. 16/3/2020. REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Não vamos convocar médicos de outros países. No momento, acho que o que nós temos aqui parece suficiente, mas se o (ministro da saúde, Luiz Henrique) Mandetta achar que podemos abrir espaço para outros médicos, esses médicos têm que estar qualificados", disse.

Segundo o presidente, o país não está buscando a ajuda de novos médicos em Cuba, mas sim contando com auxílios dos que ficaram no Brasil e receberam "asilo" do governo. "Esses (médicos cubanos) que nós estamos aceitando aqui é porque estão no Brasil, (são) pouco mais de 2 mil. Ninguém está buscando lá em Cuba médico nenhum, não", declarou.

Mesmo antes do surto de covid-19, o governo federal já previa a contratação de cubanos que permaneceram em território brasileiro após o fim do acordo firmado entre Brasil e Cuba no âmbito do Mais Médicos.

"O que eu conversei com o Mandetta e está tudo certo é que por dois anos eles vão poder exercer a mesma coisa que faziam em governos anteriores, mas nada além disso", afirmou.

O presidente, contudo, fez críticas à formação dos médicos de Cuba. "Se eles fossem tão bons assim, se a formação fosse tão boa assim, teríamos médicos cubanos aqui na frente de pesquisas, na frente de grandes hospitais e não temos", acrescentou.

Entrega de alimentos nas escolas será mantida

O presidente Jair Bolsonaro falou também que o governo federal irá manter a distribuição de alimentos nas escolas, que estão com aulas suspensas por conta da disseminação do novo coronavírus. Segundo ele, a medida foi acertada com o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

"Acertei com o Weintraub a questão da alimentação escolar que vem, basicamente, da agricultura familiar. As escolas estão recebendo e nós estamos entregando nas casas ou os pais estão indo buscar", disse.

A medida já havia sido comentada pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em vídeo publicado no Twitter nessa quinta-feira, 19. Segundo ela, não haverá interrupção na entrega de alimentos da agricultura familiar utilizados nas merendas escolares.

Estadão
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