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Brasil inaugura fábrica de medicamentos para diabetes e obesidade

Operada pela farmacêutica EMS, a instalação também se prepara para a produção de semaglutida, princípio ativo do medicamento Ozempic

23 ago 2024 - 16h26
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, participaram nesta sexta-feira (23) da inauguração de uma nova fábrica de polipeptídeo sintético em Hortolândia, no interior de São Paulo. A instalação é destinada à produção de medicamentos voltados ao tratamento de diabetes e obesidade.

Entre os produtos, laboratório produzirá o insumo do Ozempic
Entre os produtos, laboratório produzirá o insumo do Ozempic
Foto: Ricardo Stuckert / Perfil Brasil

De acordo com comunicado do Ministério da Saúde, a unidade irá fabricar a liraglutida sintética, descrita como um "produto inovador que foi submetido para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está na fila prioritária para avaliação".

Operada pela farmacêutica EMS, a fábrica também se prepara para a produção de semaglutida, princípio ativo do medicamento Ozempic. O pedido de registro desse insumo já foi encaminhado à Anvisa, e a patente do produto é válida até março de 2026.

Investimento para nova fábrica de polipeptídeo

Segundo o Ministério da Saúde, o investimento de R$ 60 milhões na nova instalação marca um "marco histórico", sendo o primeiro empreendimento do tipo no Brasil. A iniciativa faz parte do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, um esforço do governo federal para fortalecer a produção de medicamentos no país.

Na cerimônia de inauguração, a ministra Nísia Trindade enfatizou os benefícios que a nova produção trará para os pacientes que sofrem de diabetes. "É o primeiro medicamento produzido no país para tratamento de diabetes e obesidade, de forma inovadora, utilizando peptídeos, a liraglutida e também a semaglutida", afirmou.

Ela destacou que a produção nacional de polipeptídeos sintéticos será um passo importante para reduzir os custos e os efeitos colaterais dos tratamentos. Além disso, a ministra sublinhou que a iniciativa aumentará a autonomia do Brasil na área da saúde. "É motivo de muito orgulho e de muita expectativa", declarou.

Em seu discurso, Nísia Trindade também ressaltou a importância da colaboração entre o setor privado e as políticas públicas para o sucesso do projeto. Ela considerou a inauguração como "o encontro da competência e da qualidade do setor privado com as políticas públicas do governo federal".

Durante sua fala, o presidente Lula celebrou o momento, destacando a relevância do poder de compra do Estado para o fortalecimento da indústria farmacêutica nacional. "Muito me alegra voltar a esse complexo industrial 17 anos depois da primeira visita", comentou, referindo-se à importância da capacidade de compra do Sistema Único de Saúde (SUS) para fomentar o desenvolvimento da indústria no Brasil.

"Estamos convencidos de que o poder de compra do SUS vai permitir que a gente tenha uma indústria farmacêutica capaz de competir com qualquer uma do mundo", afirmou o presidente. "O Brasil cansou de ser pequeno, de ser um país em vias de desenvolvimento, de dizer que somos o país do futuro. Não. Queremos ser grandes. Pra nós, o futuro não é amanhã, começa agora. E essa fábrica é o exemplo de que o futuro já chegou na área da saúde."

Perfil Brasil
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