Brasil tem 433 casos suspeitos de infecção por coronavírus
Casos suspeitos passaram de 252 para 433, de acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira, 2, pelo Ministério da Saúde
O número de casos suspeitos pelo novo coronavírus no Brasil aumentou de 252 para 433, e a maioria deles se concentra em São Paulo. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, 2. O País segue com dois casos confirmados, de um homem de 61 anos e outro de 32, os dois de São Paulo.
Das notificações suspeitas, 162 foram descartadas. A maioria dos casos suspeitos está em São Paulo, com 163, em seguida vem Rio Grande do Sul, com 73, e em terceiro, Minas Gerais, com 48.
A partir desta segunda-feira, o Ministério da Saúde seguirá um novo fluxo de consolidação dos dados relativos aos casos de coronavírus no País, adotando integralmente os dados repassados pelas secretarias estaduais. Assim, haverá uma descentralização da consolidação dos casos, com o objetivo de dar agilidade de resposta à doença.
Antes, as notificações feitas pelos Estados eram reanalisadas pela equipe do Ministério da Saúde.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou sobre a nova metodologia. "Cada secretária estadual foi capacitada. Agora eles nos mandam e nós assumimos números, e vamos fazendo a posteriori, com calma, verificação", disse o ministro.
Recursos
Mandeta disse que, por ora, a pasta não irá pedir reforço no orçamento para enfrentar a epidemia do novo coronavírus. "Vou trabalhar com meu orçamento até momento que tiver necessidade", disse. O ministro afirmou que irá conversar com parlamentares para que o Congresso esteja preparado para qualquer eventualidade, se houver necessidade de novos recursos.
Testes
O ministério anunciou que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) irá produzir e distribuir 10 mil testes a partir de quarta-feira, 4, para diagnóstico do novo coronavírus. O laboratório ainda fará na semana seguinte outros 12 mil testes, além de outros 3 mil para contraprova e controle de qualidade. Ainda serão distribuídos 5 mil exames para influenza A e B.
Os treinamentos serão in loco a partir da chegada dos kits nos laboratórios. Segundo Mandetta, os kits devem custar em torno de R$ 100, mas ainda não há como precisar todos os recursos necessários para essa operação, disse.
"Vamos calibrar os aparelhos em todos os Estados, capacitar todos os técnicos, e só vamos autorizar quanto estiver no padrão de qualidade. Custos ainda estamos trabalhando com diversos cenários, vai ter que aguardar (para ter definição)", disse.
O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, reforçou que o Brasil "está preparado" para lidar com o surto. Ele disse ainda que pessoas que retornam de viagens a países em alerta para a doença, se não tiverem sintomas do Covid-2019, não devem deixar de ir ao trabalho ou escola. "É óbvio que se sentir um mal estar deve se recolher."