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Brasileira com ‘pior dor do mundo’ passa por nova cirurgia, mas diz que dor permanece

Médico responsável pela cirurgia diz que, caso a jovem não melhore, ainda há mais opções: 'Vamos aguardar a resposta clínica'

29 jul 2024 - 14h57
(atualizado às 15h24)
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Foto: Reprodução/Instagram/@caarrudar

Carolina Arruda, 27, brasileira portadora da neuralgia do trigêmeo, condição conhecida como "a pior dor do mundo", passou por mais uma etapa do procedimento médico que tenta amenizar seus sintomas no sábado (27). 

A jovem, que sofre há mais de 10 anos com a doença, viralizou na internet após abrir uma vaquinha online pedindo ajuda para realizar uma eutanásia na Suíça, já que o procedimento é crime no Brasil.

Com a repercussão do caso, Carolina foi convidada a passar por um tratamento na unidade hospitalar da Santa Casa de Alfenas, no Sul de Minas Gerais, e aceitou o convite na esperança de uma melhora.

Tiago da Silva Freitas, neurocirurgião responsável pelo último procedimento que a jovem passou, contou que o caso de Carolina é complexo porque além de ter sintomas de neuralgia trigeminal, ela também apresenta um dor neuropática associada, secundária as inúmeras manipulações feitas anteriormente, especialmente pelo uso do fenol. 

No procedimento do último sábado (27), anestésicos foram injetados no nervo de Carolina e eletrodos foram implantados na cervical alta, para estimular a parte posterior, que faz comunicação com o trigêmeo, e no Gânglio de Gasser (na lateral do rosto), base do nervo trigêmeo.

A intenção é que esses eletrodos produzam correntes eletromagnéticas para tentar regular o funcionamento do nervo. “A função dos eletrodos é tentar regular o nervo trigêmeo, que está com a sua função alterada, através de estímulos eletromagnéticos que farão a regulagem dos impulsos elétricos anormais que o nervo está emitindo”, disse o especialista em comunicado.

De acordo com Tiago, o risco principal dos procedimentos é a infecção do sistema, que gira em torno de 3% a 5%. Além disso, existem também os riscos de deslocamento dos eletrodos, com a perda do estímulo. 

“O procedimento cirúrgico foi realizado dentro do programado, ou seja, os eletrodos foram colocados nos alvos, sem intercorrências. Agora vamos realizar a programação e aguardar a resposta clínica da paciente”, afirmou o profissional.

Opções não acabaram

Em entrevista ao Terra Você, o neurocirurgião comenta que caso Carolina tenha uma resposta negativa, ela ainda possui algumas outras opções, como implante de sistemas de infusão de medicamentos, implantar um marcapassos cerebral para a dor e até mesmo fazer uma lesão na região do trigêmeo no cérebro.

O médico destaca que todas as possibilidades de cada terapia estão sendo exploradas, além do tratamento multidisciplinar que todo paciente com dor crônica precisa fazer. 

“Acompanhamento psicológico, fisioterápico e um acompanhamento psiquiátrico, já que a dor crônica causa muito sofrimento e levou ela até essa tentativa de eutanásia”, diz.

Após o procedimento, Carolina apareceu em suas redes sociais para responder às dúvidas dos seus seguidores e afirmou ainda estar sentindo dor: "Estou com bastante dor. Estou com a dor da neurologia mais a dor nas costas do implante medular", escreveu nos Stories do Instagram.

Carolina ainda contou que usa um celular exclusivo para controlar a intensidade dos "choques" dos eletrodos. De acordo com ela, o aparelho funciona 24h por dia em uma intensidade moderada que só é intensificada durante as crises da neuralgia. 

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Fonte: Redação Terra Você
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