Burnout: como identificar os primeiros sintomas da síndrome

A aceleração do ritmo de vida, a pressão constante no ambiente profissional e as demandas incessantes têm propiciado o surgimento de um fenômeno cada vez mais prevalente: o burnout.

Este distúrbio emocional e psicológico, voltou a ser alvo de comentários após Letícia Cazarré, casada com o ator Juliano Cazarré, revelar ter recebido o diagnóstico da síndrome antes da gravidez do sexto filho do casal.

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O burnout geralmente surge devido a estresse persistente no trabalho, especialmente em ambientes de alta pressão. Causas comuns incluem carga de trabalho excessiva, falta de controle sobre o trabalho e falta de apoio social ou reconhecimento no trabalho.

Cazarré confessou que tem passado por períodos de preocupação, principalmente por conta do estado de saúde da quinta filha, Maria Guilhermina. Ela disse que ao descobrir a sexta gestação, se preocupou se daria conta. 

Os sinais mais comuns de burnout incluem exaustão emocional e física persistente, sentimentos de ineficácia e desilusão, insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração, além de sintomas físicos como dores de cabeça e problemas gástricos, explica o médico psiquiatra Luan Diego Marques.

“Os primeiros sinais podem incluir cansaço constante, diminuição do desempenho, sentimentos negativos em relação ao trabalho e mudanças de humor. Mudanças no comportamento, como atrasos frequentes ou desinteresse, também podem indicar burnout”, diz o profissional.

Para a neuropsicóloga especialista no tratamento de transtornos, Roselene Espírito Santo, os primeiros sinais de burnout são discretos, mas vão construindo uma curva ascendente e por isso é importante perceber a persistência destes sinais: 

• Cansaço excessivo, físico e mental;

• Dor de cabeça frequente;

• Alterações no apetite;

• Insônia;

• Dificuldades de concentração;

• Sentimentos de fracasso e insegurança;

• Negatividade constante;

• Sentimentos de derrota e desesperança;

• Sentimentos de incompetência;

• Alterações repentinas de humor;

• Isolamento;

• Fadiga;

• Pressão alta;

• Dores musculares;

• Problemas gastrointestinais;

• Alteração nos batimentos cardíacos;

• Nervosismo;

• Prostração.

A profissional ainda destaca a importância de diferenciar o burnout de outros problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. De acordo com ela, podemos identificar as principais características dos três problemas da seguinte forma: 

Burnout

Uma síndrome resultante de estresse crônico e necessariamente tem origem no ambiente de trabalho;

Depressão

Uma doença psiquiátrica crônica, que afeta pessoas de todas as idades e tem como principais sintomas: perda de prazer, irritabilidade, distúrbio do sono, choro fácil ou apatia, falta de memória e de concentração, entre outros.

Estresse

A maneira como o corpo reage diante de diferentes situações de grande impacto e esforço emocional, ocasionado através de uma resposta física e psicológica.

Entre os grupos mais suscetíveis a síndrome, destacam-se: 

• Profissionais da saúde em geral;

• Médicos;

• Enfermeiros;

• Psicólogos;

• Jornalistas;

• Advogados;

• Professores;

• Policiais

• Bombeiros;

• Carcereiros;

• Oficiais de Justiça;

• Assistentes sociais;

• Atendente de telemarketing; 

• Executivos;

• Bancários. 

O psiquiatra Luan Diego aponta que o tratamento do burnout pode envolver terapia, como a cognitivo-comportamental, para modular pensamentos e comportamentos negativos relacionados ao trabalho. Medicamentos como antidepressivos e afastamentos do local podem ser necessários quando o burnout se combina com outros adoecimentos psiquiátricos, o que é comum. 

Além disso, o médico aconselha que a prevenção inclua estabelecer um equilíbrio entre vida pessoal e profissional, técnicas de gestão de estresse e um ambiente de trabalho saudável. “Líderes devem promover um ambiente de trabalho equilibrado, oferecendo apoio, recursos adequados e reconhecimento.”

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