Calor extremo prejudica desempenho no trabalho; saiba evitar
Com as temperaturas nas alturas, trabalhar durante o verão pode se tornar um desafio diário na vida de muita gente, mas a dificuldade não tem nada a ver com a preguiça. A implacável sensação de cansaço é, na verdade, um reflexo de diversas alterações fisiológicas que precisam ser levadas em consideração.
Isso porque, nesta época do ano, o calor extremo provoca a dilatação dos vasos sanguíneos e diminui o retorno do sangue ao coração, que tem que bater mais rápido para compensar a “falha” e manter o organismo funcionando. Além disso, ocorrem perdas significativas de líquidos e minerais, que vão embora por meio do suor, provocando a necessidade de reposição hídrica e a diminuição da capacidade máxima de desempenho.
Toda essa demanda cardiovascular e metabólica dá a impressão de que estamos mais fracos e precisamos descansar. “O responsável por isso é o acúmulo de ácido lático, uma substância que provoca a sensação de fadiga muscular e o cansaço físico”, informa Luiz Augusto Riani, médico do esporte e fisiologista do exercício do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica, de São Paulo.
Como evitar?
Apesar de o comprometimento da disposição ser uma consequência natural dos dias mais quentes, vale a pena investir em meios que ajudem a aliviar o calor e, consequentemente, o desconforto provocado por ele.
“Para não sofrer tanto com o clima, é fundamental evitar, sempre que possível, roupas muito quentes e lugares fechados ou abafados, além de ingerir mais líquidos para repor a perda que ocorre tanto pelo suor quanto pela vasodilatação geral (perda de líquido que acontece dentro dos vasos sanguíneos para o espaço extravascular)”, indica Marcelo Aun, médico clínico, alergista e imunologista do Hospital Samaritano, de São Paulo.
Nesta hora, alimentos de fácil digestão também podem ajudar. Por isso, invista sem medo no consumo de frutas, peixes, aves, grãos, legumes e verduras que proporcionam bem-estar por serem leves e de fácil digestão. “Uma dieta balanceada supre as necessidades fisiológicas da pessoa saudável, especialmente no verão”, garante Marcelo.