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Câncer de cólon e morte de Paulo Caruso: entenda doença e complicações que ela pode provocar

Quanto mais o tumor avança, uma maior variedade de sintomas podem surgir, assim como podem ocorrer complicações secundárias, como metástases

4 mar 2023 - 15h19
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Embora o câncer de cólon e do reto, também chamado de câncer de intestino, seja uma doença tratável e frequentemente curável, caso seja detectado precocemente, quando a doença se espalha pelo organismo do paciente, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas, de acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O cartunista paulistano Paulo Caruso, de 73 anos, morreu na manhã deste sábado, 4, no Hospital Nove de Julho, em São Paulo, onde estava internado havia algumas semanas para tratar complicações deste tipo de tumor, com o qual sofria desde 2016. Suas caricaturas marcadas pela sátira foram referência para a história política do Brasil.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, no início é comum que os sintomas não apareçam, desta forma os exames preventivos para a detecção precoce do tumor devem ser realizados sempre que recomendados pelo médico. Quanto mais cedo o câncer é tratado, maiores são as chances de cura do paciente.

Na maioria dos casos, o câncer começa com uma pequena lesão ou ferida no intestino, um pólipo (verruga), que não resulta em sintomas. É comum que os sintomas surjam apenas quando a lesão está avançada e obstruindo o intestino, dificultando a passagem das fezes, ou se aprofundou nas camadas do órgão, causando dores.

Quais fatores contribuem para o desenvolvimento deste tipo de câncer?

  • Alimentação rica em gorduras e pobre em fibras;
  • Fumo;
  • Consumo frequente de bebida alcoólica;
  • Idade acima de 50 anos;
  • Excesso de peso;
  • História de pólipos colorretais e de doenças inflamatórias do intestino.

Prevenção

De acordo com o Ministério da Saúde, com base em informações do Inca, é recomendada a realização anual do exame de sangue oculto nas fezes para pessoas acima de 50 anos.

"Trata-se de exame laboratorial relativamente simples e que pode ser solicitado pelo médico clínico. Para as pessoas com maior risco pode ser necessária a realização de colonoscopia", afirma a pasta. Para pessoas com histórico na família, os exames devem ser realizados antes. Caso haja sinais de suspeita do câncer, o médico pode solicitar a realização de exames complementares.

A colonoscopia é o principal exame para detectar pólipos e/ou tumores. Foi a forma como a cantora Simony - que passou por quimioterapia e radioterapia - descobriu a doença.

Paciente com histórico na família

Para pessoas com histórico do câncer na família, o recomendado é que se procure um médico o quanto antes para que ele avalie a necessidade e a frequência para que exames de rotina sejam realizados.

Nestes casos, é importante iniciar o rastreio para câncer de cólon a partir dos 45 anos. "Utilizamos uma regra para casos familiares. Ou seja, pegamos a idade em que o familiar apresentou a doença, subtraímos 10 anos e encontramos a idade em que o paciente deverá iniciar o rastreio. Por exemplo: Um paciente diagnosticado aos 45 anos, seu filho deverá iniciar o rastreio aos 35?, afirma Brandão, oncologista do Hospital Moriah.

Para diminuir o risco da doença:

  • Faça atividade física na maioria dos dias da semana;
  • Tenha uma alimentação rica em fibras (frutas, vegetais e grãos) e pobre em gorduras animais;
  • Não fume;
  • Evite o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Realize exames anuais, após os 50 anos, para a detecção precoce da doença. Para pessoas com histórico na família, os exames devem ser realizados antes.

Tratamento médico

O câncer de cólon é uma doença tratável e frequentemente curável. "A cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema de defesa do corpo) dentro do abdome", acrescenta o Ministério da Saúde.

O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Ele pode incluir a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, com uso de medicamentos, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor. No entanto, de acordo com o Inca, quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas.

O acompanhamento médico é fundamental para monitorar o surgimento de novos tumores no organismo do paciente.

Estadão
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