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Câncer de intestino ocupa a terceira posição entre os tipos mais frequentes no Brasil

7 ago 2024 - 01h34
(atualizado às 01h55)
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Estimativas feitas pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que o Brasil deve registrar 45 mil novos casos de câncer de intestino (cólon) ao ano no triênio compreendido entre 2023 e 2025. Desses casos, cerca de 23.660 devem ser diagnosticados nas mulheres e 21.970 nos homens. Chama a atenção que as maiores taxas de incidência são observadas na região Sudeste. Personalidades famosas como o ex-jogador de futebol Pelé, já falecido, e a cantora Simony enfrentaram ou ainda lutam contra a doença.

Segundo a oncologista Maria Cristina Figueroa Magalhães (CRM-PR 22643 e RQE 19751), em geral, homens e mulheres são afetados de forma semelhante, embora os padrões de estilo de vida e a exposição a fatores de risco possam variar entre os sexos e entre as diferentes regiões. "Alguns estudos sugerem que, em algumas populações, as mulheres têm maior risco de desenvolver câncer de cólon, enquanto os homens têm maior risco de câncer de reto. O impacto dos hormônios sexuais, diferenças dietéticas e comportamentais podem influenciar essas variações", explica.

A médica comenta que a genética desempenha um papel significativo no risco de desenvolver câncer colorretal. Ela diz que cerca de 5% a 10% dos casos estão associados a síndromes hereditárias, como:

Síndrome de Lynch (Câncer Colorretal Hereditário Não Poliposo - HNPCC): é a forma mais comum de predisposição genética ao câncer colorretal.

Polipose Adenomatosa Familiar (PAF): caracterizada pelo desenvolvimento de centenas a milhares de pólipos no cólon e reto.

Outras síndromes hereditárias: como a síndrome de Cowden e a síndrome de Peutz-Jeghers.

Foto: Márcia Piovesan

Dra. Maria Cristina - Foto divulgação

A especialista aponta que pessoas com essas síndromes têm um risco significativamente aumentado de desenvolver câncer colorretal e outros tipos de câncer, muitas vezes, em uma idade mais jovem.

Sintomas

  • Alteração no hábito
  • Sangue nas
  • Dor
  • Perda de peso inexplicável.
  • Fraqueza e
  • Anemia

Fatores de Risco

  • A maioria dos casos ocorre em pessoas com 50 anos ou
  • Histórico familiar de câncer
  • Doenças inflamatórias
  • Dieta pobre em fibras e rica em gorduras e carnes vermelhas ou
  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool.

Alimentação pode ser uma vilã

A oncologista destaca que a alimentação tem um papel crucial no desenvolvimento do câncer colorretal. Ela diz que o consumo elevado de carnes vermelhas e processadas está associado ao risco aumentado de câncer colorretal.

Além disso, gorduras saturadas e trans; baixa ingestão de fibras (alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais, estão associados ao menor risco de câncer colorretal); alimentos processados e pobres em nutrientes contribuem para o aumento do risco. "Uma dieta balanceada, rica em fibras, com baixo consumo de carne vermelha e processada, pode reduzir significativamente o risco de desenvolvimento de câncer de cólon e reto", alerta.

Formato das fezes

Maria Cristina salienta que o formato das fezes pode indicar problemas no trato gastrointestinal, incluindo o câncer colorretal. Ela conta que fezes finas, em formato de fita, podem ser um sinal de obstrução parcial do intestino, possivelmente causada por um tumor. Ela orienta que as pessoas devem se preocupar quando houver mudança persistente no hábito intestinal (constipação ou diarreia que dura mais de algumas semanas); sangue nas fezes é um sinal de alerta importante; dores abdominais persistentes associadas a mudanças nas fezes. "Se houver mudança no formato das fezes ou prisão de ventre sem causa aparente e persistente, é importante buscar orientação médica para investigação", recomenda.

Colonoscopia

A oncologista ressalta que a colonoscopia é um exame essencial na detecção precoce e prevenção do câncer colorretal, permitindo a visualização direta do cólon e reto, além da remoção de pólipos que poderiam evoluir para câncer. Maria Cristina afirma que o aumento do acesso à colonoscopia é fundamental para a redução da mortalidade por câncer colorretal, pois permite o diagnóstico em estágios iniciais, quando as chances de cura são maiores. Ela observa que os desafios para o acesso são:

Custo e disponibilidade: em alguns locais, a colonoscopia pode ser cara e com longas filas de espera.

Educação e conscientização: é importante que a população seja educada sobre a importância desse exame, especialmente para pessoas acima de 50 anos ou com fatores de risco.

Tratamento

O tratamento do câncer de intestino (colorretal) depende do estágio da doença e das características do tumor, incluindo localização e perfil molecular. As opções de tratamento incluem:

Cirurgia: é o tratamento primário para o câncer colorretal localizado. Pode envolver a remoção do tumor e uma parte do cólon ou reto, além de linfonodos adjacentes.

Quimioterapia: pode ser administrada antes (neoadjuvante) ou após (adjuvante) a cirurgia para reduzir o risco de recorrência ou tratar a doença metastática.

Radioterapia: é geralmente usada em casos de câncer de reto, muitas vezes em combinação com quimioterapia, para reduzir o tumor antes da cirurgia.

Terapia-alvo e imunoterapia: para casos avançados ou metastáticos, medicamentos que visam mutações específicas ou estimulam o sistema imunológico para atacar o câncer podem ser utilizados.

Cuidados paliativos: para pacientes com doença avançada, o foco pode ser o alívio dos sintomas e melhora da qualidade de vida.

Márcia Piovesan
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