Câncer de próstata tem cura? Veja como é o tratamento

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre homens, em todas as regiões do país, segundo o Ministério da Saúde. A incidência fica atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. A expectativa do Instituto Nacional do Câncer é de que só neste ano, sejam registrados 71.730 novos casos da doença.

Apesar de ser uma doença comum, por falta de conhecimento ou medo, muitos homens preferem não tocar no assunto. É nesse sentido que a campanha mundial Novembro Azul reforça a importância dos cuidados preventivos que os homens devem ter com sua saúde, particularmente em relação à próstata.  

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O câncer de próstata tem cura?

A boa notícia é que o câncer de próstata tem chances de cura, se for diagnosticado de maneira precoce. Existem algumas opções de tratamento para o câncer de próstata, que devem ser definidos em conjunto com um médico especializado, após o diagnóstico. 

Tratamento

Cirurgia

A prostatectomia, ou remoção da próstata, é uma opção de tratamento. O procedimento pode ser feito na fase inicial, após o câncer ser identificado. Pode ser realizada através de cirurgia aberta ou laparoscópica, e mais recentemente, por meio da cirurgia robótica. Dependendo do caso a cirurgia pode ser acompanhada de tratamento hormonal ou radioterapia.  

Radioterapia 

A radioterapia utiliza feixes de radiação de alta energia para destruir as células cancerígenas. O tratamento também pode ser usado nas fases iniciais da doença. Existem dois principais tipos de radioterapia para câncer de próstata: a radioterapia externa, focada na glândula prostática a partir de uma fonte de radiação externa, que dura de 5 a 7 semanas, e a braquiterapia, que é a radioterapia interna, em que a radiação é emitida a partir do interior do organismo, de maneira mais localizada.  

Quimioterapia 

A quimioterapia é geralmente reservada para estágios avançados do câncer de próstata, quando outras opções de tratamento não são mais eficazes. O tratamento é administrado por via intravenosa, na corrente sanguínea, ou via oral. A quimioterapia dura algumas semanas é feita em ciclos e geralmente é feita com um período de descanso, para o corpo se recuperar.  

Terapia hormonal 

A terapia hormonal reduz os níveis de testosterona no corpo, que estimulam o crescimento das células cancerígenas da próstata. O andrógeno ou androgênio é um hormônio que pode estimular as células de câncer a crescer. O tratamento também é conhecido como terapia de privação de andrógeno, pois a ideia é reduzir os níveis do hormônio ou eliminar sua atuação nas células cancerígenas.  

Observação ativa 

Em casos de câncer de próstata de baixo risco, o médico pode optar por monitorar a doença de perto, realizando exames regulares e iniciar o tratamento apenas se houver sinais de progressão. De acordo com o Inca, "a vigilância ativa é uma estratégia referida na literatura como uma alternativa para contornar o tratamento excessivo do câncer de próstata e, assim, reduzir danos associados ao sobretratamento". A ideia é evitar que pessoas com tumores localizados com baixo risco, de tratamentos definitivos, que podem levar a efeitos colaterais maiores.  

O principal fator de risco para o câncer de próstata é a idade. De acordo com o Ministério da Saúde, a incidência da doença é maior em pessoas com mais de 60 anos. Mas também há outros fatores que podem contribuir para que um indivíduo tenha câncer de próstata, como "histórico familiar de câncer de próstata antes dos 60 anos e obesidade para tipos histológicos avançados. Destaca-se também a exposição a agentes químicos relacionados ao trabalho, sendo responsável por 1% dos casos de câncer de próstata", diz a pasta. 

Uma das principais campanhas de Novembro Azul deste ano é a do Ministério da Saúde. "O INCA recomenda que os homens estejam alertas a qualquer anormalidade no corpo e procurem o serviço de saúde o mais breve possível para realizar o diagnóstico precoce do câncer de próstata", diz um comunicado da pasta. 

Existem diferentes formas de tratar o câncer de próstata, mas é importante reforçar que a doença tem chances maiores de cura, se for identificada o quanto antes.

Segundo o Ministério da Saúde, para evitar o risco de doenças crônicas como o câncer, é importante estar atento ao peso corporal adequado e manter hábitos saudáveis como fazer atividade física, ter uma alimentação saudável, evitar bebidas alcoólicas e não fumar.

Diante de qualquer sinal ou sintoma suspeito, os homens devem procurar imediatamente médicos especializados, como um urologista ou proctologista.

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