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Câncer de pulmão: entenda a doença que vitimou Rita Lee

Rita Lee morreu nesta segunda-feira, 8 de maio. A cantora havia sido diagnosticada com câncer de pulmão em 2021

9 mai 2023 - 12h50
(atualizado às 22h56)
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Na noite desta segunda-feira, 8 de maio, o Brasil perdeu sua maior estrela do rock nacional. Rita Lee morreu aos 75 anos, em sua casa em São Paulo, cercada de seus familiares. Em 2021, a cantora foi diagnosticada com câncer de pulmão. Desde então, ela travou uma batalha contra a doença.

A família da artista comunicou a morte através das redes sociais na manhã de terça, 9. "Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no fim da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou", diz trecho da publicação.

Câncer de pulmão

Segundo estimativas de 2020 do Ministério da Saúde, o câncer de pulmão é o terceiro mais comum em homens (17.760 casos novos) e o quarto em mulheres no Brasil (12.440 casos novos) - sem contar o câncer de pele não melanoma. Além disso, em mortalidade, é o primeiro entre os homens e o segundo entre as mulheres.

O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, em cerca de 85% dos casos, o câncer de pulmão tem associação com o consumo de derivados de tabaco.

Sintomas

A oncologista Dra. Mariana Laloni, do Grupo Oncoclínicas, explica que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório. Os sinais de alerta são tosse, falta de ar e dor no peito. Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. 

"Em poucos casos, cerca de 15%, o diagnóstico ocorre por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja possível o diagnóstico precoce da doença, o que contribui amplamente para o sucesso do tratamento", afirma.

A médica acrescenta ainda que existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. "O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes", destaca.

Tabagismo ainda é a principal causa de câncer

O tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão no Brasil e no mundo. Aliás, não apenas deste tipo de tumor: segundo o INCA, 161.853 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse deixado de lado, sendo que cerca de ⅓ destes óbitos são decorrentes de algum tipo de câncer relacionado ao hábito de fumar.

O Brasil é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um exemplo no combate ao cigarro. Isso porque o país tem um dos menores índices de fumantes do mundo, cerca de 10% da população acima de 18 anos, segundo o próprio INCA. Apesar disso, os desafios não param de chegar. Um deles, é a chegada dos cigarros eletrônicos e outros dispositivos de vape, que têm conquistado principalmente os jovens.

"Nós vemos novas formas de tabagismo chegando, como o cigarro eletrônico, por exemplo, que tem atraído principalmente os adolescentes, pelo formato, novidade e falta de informação sobre o impacto nocivo deles. Então, estamos vendo uma geração que tinha largado o cigarro, voltar para versões digamos, mais modernas, do mesmo mal", adverte a Dra. Mariana.

Parar de fumar é a forma mais eficaz de se prevenir contra o câncer de pulmão e diversos outros tumores, além de doenças cardíacas, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia, AVC (acidente vascular cerebral) e complicações severas decorrentes da contaminação pela covid-19, alerta a especialista.

Prevenção

O Ministério da Saúde destaca as seguintes práticas como formas e prevenir o câncer de pulmão:

  • Não fumar
  • Praticar atividade física
  • Evitar o tabagismo passivo 
  • Evitar a exposição a agentes químicos (como arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, urânio, níquel, cádmio, cloreto de vinila e éter de clorometil), presentes em determinados ambientes de trabalho.

     

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    Foto: Reprodução Instagram (@ritalee_oficial) / Saúde em Dia
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