Câncer de rim é muitas vezes silencioso e letal; saiba os sintomas
Autoridades de saúde alertam para as particularidades do câncer de rim, que costuma ser silencioso e altamente letal
Durante o terceiro mês do ano, diversas campanhas alertam sobre os mais variados problemas de saúde. Uma delas é o Março Vermelho, mês de conscientização e combate ao câncer de rim. Muitas vezes a doença é silenciosa, e ocorre com mais frequência nos homens a partir dos 50 anos. Com o diagnóstico precoce, há uma alta chance de cura. Por isso, divulgar informações sobre o assunto é tão importante.
O câncer de rim se caracteriza pelo desenvolvimento desordenado e acelerado de células tumorais em um dos rins. Apesar de representar apenas 2 a 3% dos casos de câncer em adultos no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), o índice de mortalidade é o mais preocupante. De acordo com as estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), um a cada dois casos da doença resultam em óbito.
De acordo com o Instituto Vencer o Câncer, poucos tumores malignos apresentam velocidade de crescimento tão variável quanto os de rim. Por isso, é muito difícil prever a evolução da doença. Em alguns pacientes, o tumor se desenvolve de forma lenta durante anos. Em outros, o crescimento é rápido, evoluindo para metástase em poucos meses.
Fatores de risco
De acordo com a SBCO, os principais fatores de risco para o câncer de rim são:
- Tabagismo;
- Hipertensão arterial;
- Grande exposição a produtos químicos clorados;
- Existência de doenças renais, como insuficiência renal;
- Tratamento prolongado de diálise.
Sintomas do câncer de rim
É importante reforçar que esta é uma doença muitas vezes silenciosa. Portanto, pode demorar bastante até surgirem os primeiros sintomas. Ainda assim, observar qualquer sinal de anormalidade pode prevenir a evolução de um quadro mais grave de saúde. Por isso, fique atento aos seguintes sintomas:
Como dissemos no início, o câncer de rim pode ser uma doença silenciosa, que tarda a manifestar sintomas. No entanto, observar os sinais de anormalidade que o corpo apresenta é a base para manter a saúde em dia. Por isso, aconselhamos a procurar ajuda médica caso perceba a recorrência de:
- Presença de sangue na urina;
- Dores na região lombar;
- Emagrecimento;
- Diminuição do apetite;
- Cansaço;
- Palidez;
- Febre ocasional.
Segundo a SBCO, quando em estágio avançado, a pessoa com câncer de rim pode apresentar, ainda, sintomas geralmente associados a metástases, como:
- Aumento do volume abdominal;
- Inchaço das pernas;
- Falta de ar e tosse;
- Dores ósseas ou fraturas;
- Dor de cabeça, tontura, visão dupla e perda da força muscular de um dos lados do corpo.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce é imprescindível para aumentar as chances de sucesso no tratamento de qualquer tumor, e no câncer de rim isso não é diferente. Principalmente porque a doença demora a apresentar sinais, é importante manter uma rotina de acompanhamento médico, com a realização de exames periódicos.
Afinal, o diagnóstico, em geral, se dá justamente em exames de rotina, essencialmente os de imagem. Os principais exames de imagem para visualizar lesões renais são:
- Ultrassonografia;
- Tomografia computadorizada;
- Ressonância nuclear magnética.
Na maioria das vezes, basta um ou dois desses exames para confirmar ou descartar a suspeita do câncer de rim e indicar a necessidade de cirurgia. Quando há presença de nódulos sólidos, é bem provável que se trate de tumor maligno. Nestes casos, raramente a biópsia é indicada antes da cirurgia.
A SBCO destaca ainda que manter uma rotina de exames regulares pode ser uma grande vantagem contra o câncer. Isso porque a taxa de sobrevida para pessoas com tumores pequenos e sem metástase é de 90%.
Tratamento do câncer de rim
Felizmente, o câncer de rim tem cura. Mas, assim como outros tipos de tumores malignos, a probabilidade dessa cura está intimamente ligada ao momento do diagnóstico. Quanto mais cedo a doença for detectada, maiores serão as chances de sucesso do tratamento.
Além disso, o tratamento do câncer de rim pode variar de acordo com o caso e a fase em que o tumor é detectado. De maneira geral, a conduta para a doença inclui a cirurgia. A radioterapia e a imunoterapia também podem ser indicadas.