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Câncer do colo do útero pode ser erradicado na Dinamarca até 2040; Brasil ainda não atinge meta da OMS

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (14) pela Liga Dinamarquesa contra o Câncer

14 abr 2025 - 14h01
(atualizado às 14h34)
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Resumo
A Dinamarca prevê erradicar o câncer do colo do útero até 2040 devido à alta adesão à vacinação contra o HPV, enquanto o Brasil enfrenta dificuldades em atingir as metas da OMS devido à baixa cobertura vacinal e desafios de rastreamento.

O câncer do colo do útero deve ser erradicado na Dinamarca até 2040, graças à alta adesão aos programas de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) e de rastreamento preventivo. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (14) pela Liga Dinamarquesa contra o Câncer.

"Mesmo antes de 2040, o número de casos pode ser tão reduzido que a doença poderá ser considerada eliminada", celebrou a entidade em comunicado oficial. "Será a primeira vez que um tipo de câncer deixará de existir", acrescenta a organização.

Atualmente, a taxa de incidência do câncer do colo do útero no país é inferior a 10 casos por 100 mil mulheres, de acordo com um estudo publicado no Jornal dos Médicos Dinamarqueses. Segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença será considerada erradicada quando esse índice cair para menos de 4 casos por 100 mil.

A vacinação contra o HPV tem aumentado nos últimos anos, mas algumas regiões do planeta ainda penam para cumprir meta de vacinação da OMS.
A vacinação contra o HPV tem aumentado nos últimos anos, mas algumas regiões do planeta ainda penam para cumprir meta de vacinação da OMS.
Foto: GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP / RFI

Cobertura vacinal quase atinge meta

O principal fator por trás da redução nos casos é a vacinação contra o HPV — vírus responsável pela maioria dos casos da doença. Na Dinamarca, 89% dos meninos e meninas de 12 anos receberam a primeira das duas doses do imunizante, uma taxa próxima da meta de 90%.

A vacina, que é gratuita, foi incluída no calendário de imunização para meninas em 2008/2009 e passou a ser oferecida também aos meninos em 2019.

Prevenção ainda é desafio

Embora a vacinação esteja bem encaminhada na Dinamarca, o rastreamento preventivo ainda enfrenta desafios. Cerca de 60% das mulheres participam dos exames de rotina, dez pontos percentuais abaixo da meta de 70% estipulada pelas autoridades de saúde.

A Suécia, por sua vez, tem uma meta ainda mais ambiciosa: eliminar o câncer do colo do útero até 2027, segundo os Centros Regionais de Oncologia suecos (RCC).

Brasil atrasado para cumprir meta da OMS

No Brasil, o câncer de colo de útero é o terceiro tipo de tumor mais incidente entre as mulheres. De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), para cada ano do triênio 2023-2025, foram estimados mais de 17 mil casos novos desse câncer.

O país deve ultrapassar pela primeira vez em 2025 a marca de 7 mil mulheres mortas pelo câncer de colo de útero. Segundo informações da imprensa brasileira, esse marco reflete em parte o crescimento da população, mas uma análise detalhada mostra que o Brasil não está conseguindo derrubar a incidência da doença.

A comunidade médica teme que o país não consiga se alinhar às metas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para combate à doença. 

Em 2022, última estatística oficial disponível, o Brasil já tinha chegado perto da cifra de 7 mil, com 6.983 mulheres mortas pela doença, 300 a mais que no ano anterior. Esse salto de um ano para outro foi em parte provocado pelo caos da pandemia de Covid-19, que represou o diagnóstico de tumores e atrasou o tratamento de muitas mulheres. 

Os números de porcentagens de meninas brasileiras vacinadas variam conforme cada ano, mas médicos acreditam que agora no Brasil essa taxa ainda esteja em 60%, ou seja, apenas dois terços da meta preconizada pela OMS.

O câncer de colo de útero é um tumor que atinge a parte do útero localizado no final da vagina. O principal fator de risco para o seu desenvolvimento é a infecção por HPV, vírus transmitido sexualmente. A infecção pode levar a alterações celulares que, em alguns casos, evoluem para o tumor.

(Com AFP e agências)

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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