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Câncer impede que jovem tenha vida sexual plena, e ela decide virar ginecologista para ajudar outras

Ellie Waters-Barnes conta sua história e como o diagnóstico e tratamento do câncer aos 14 anos mudou sua vida para sempre

22 mai 2024 - 12h56
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Resumo
Ellie Waters-Barnes foi diagnosticada com rabdomiossarcoma aos 14 anos. Após 18 meses de tratamento, incluindo quimioterapia e radioterapia, ela desenvolveu uma complicação rara que deixou a jovem incapaz de ter relações sexuais com penetração.
Ellie foi encaminhada para uma dermatologista que a diagnosticou com linfangiectasia vulvar, complicação rara de obstrução linfática
Ellie foi encaminhada para uma dermatologista que a diagnosticou com linfangiectasia vulvar, complicação rara de obstrução linfática
Foto: Reprodução/The Sun

Ellie Waters-Barnes tinha 14 anos quando foi diagnosticada com rabdomiossarcoma (RMS), um tumor maligno que surge de células que desenvolvem os músculos estriados da musculatura esquelética e faz parte do grupo de sarcomas de partes moles.

Em depoimento para o The Sun, ela conta que um pequeno caroço cresceu em sua nádega esquerda, lhe causando cansaço e dores nas pernas, mas foi só quando teve dificuldade para fazer xixi que contou a sua mãe.

“Meu médico me diagnosticou com um abscesso e fui encaminhada para cirurgia. Poucos dias depois da minha operação, minha mãe se aproximou da minha cabeceira e eu sabia, pelo seu rosto chocado, que ela estava prestes a me contar algo terrível”, lembra Ellie.

Os cirurgiões descobriram que ela não era um abscesso e sim, um câncer agressivo e de rápido crescimento. Nos 18 meses seguintes, Ellie passou por quimioterapia e radioterapia. A quimioterapia a colocou na menopausa precoce e a radioterapia causou rigidez e cicatrizes vaginais. 

“Em 2021, comecei a namorar um cara que conheci no meu ano sabático. Fiquei nervosa ao contar a ele o que tinha passado, mas ele foi compreensivo e fiquei muito feliz quando fizemos sexo. Mas isso me deixou com dor, com inchaço e bolhas nos órgãos genitais”, relata a jovem.

Ellie foi encaminhada para uma dermatologista que a diagnosticou com linfangiectasia vulvar, complicação rara de obstrução linfática. A especialista contou que, devido aos danos causados à área pela radioterapia, o fluido linfático não estava drenando como deveria, então qualquer coisa que aumentasse o fluxo sanguíneo – como o sexo – só piorava a situação.

“Continuamos fazendo sexo, mas eu continuava pegando infecções e sentia muita dor. Tive de aceitar que nunca seria capaz de fazer sexo com penetração, o que foi devastador. Foi um grande golpe na minha identidade, confiança e senso de valor. Também me senti culpada por me preocupar com sexo, quando outros pacientes com câncer perderam a vida”. 

Em 2022, Ellie terminou o relacionamento e desde então estuda para ser médica ginecologista e usar sua experiência para ajudar e apoiar outras mulheres.

“Descobri que estar num relacionamento é um lembrete constante de que não posso ter uma vida sexual normal. Por enquanto, estou feliz solteira e acredito que posso ser feliz, sem filhos e dedicada ao meu trabalho. Se eu conhecer outra pessoa no futuro, terei que torcer para que ela entenda e esteja preparada para aceitar que uma vida comigo não incluirá sexo com penetração”, diz Ellie.

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Fonte: Redação Terra Você
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