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Câncer que matou Rita Lee está entre os mais frequentes do Brasil

Cantora morreu nesta segunda-feira (08), aos 75 anos. Ela batalhava contra doença no pulmão desde 2021.

9 mai 2023 - 12h39
(atualizado às 17h46)
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Rita Lee lutava contra o câncer de pulmão
Rita Lee lutava contra o câncer de pulmão
Foto: Reprodução Instagram

Rita Lee faleceu nesta segunda-feira (8) em decorrência de complicações causadas por um câncer de pulmão. De acordo com informações publicadas no perfil da artista no Instagram, ela morreu aos 75 anos na companhia da família, em sua casa na capital paulista.

A artista recebeu o diagnóstico de câncer de pulmão em 2021. Em 2022, porém, a doença entrou em remissão. De acordo com dados recentes do INCA (Instituto Nacional do Câncer), este tipo de câncer é o quarto mais frequente entre a população brasileira. Em mortalidade, é o primeiro entre os homens e o segundo entre as mulheres, segundo estimativas mundiais.

Outra pesquisa feita pela Universidade de Washington em 2014 mostrou que o câncer de pulmão está entre as três principais causas de morte no Estados Unidos, junto com AVC e infarto. O Brasil teria índices semelhantes.

Tabagismo ainda é a principal causa

O tabagismo ainda é o principal responsável pelo câncer de pulmão – 90% de todos os casos. Segundo o INCA, 161.853 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse evitado. De acordo com essa análise, cerca de um terço desses óbitos são em decorrência de algum tipo de câncer relacionado ao hábito de fumar.

O Instituto prevê ainda o diagnóstico de 32.560 novos casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão para os próximos dois anos. A médica oncologista Mariana Laloni, do Grupo Oncoclínicas, explica que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório, como tosse, falta de ar e dor peito.

"Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença, o que contribui amplamente para o sucesso do tratamento”, diz a médica.

Para a especialista, a melhor maneira de evitar o câncer é parar de fumar.

"Nós vemos novas formas de tabagismo chegando, como o cigarro eletrônico, por exemplo, que tem atraído principalmente os adolescentes, pelo formato, novidade e falta de informação sobre o impacto nocivo deles. Então, estamos vendo uma geração que tinha largado o cigarro, voltar para versões digamos, mais modernas, do mesmo mal”, alerta Laloni.

Dois tipos de câncer

Existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. “O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes”, destaca Mariana.

Cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia estão os principais tratamentos contra esse câncer.

“Na última década, a imunoterapia passou rapidamente de uma descoberta promissora para um padrão de cuidados que está contribuindo para respostas positivas para diversos casos de pacientes oncológicos”, pontua Mariana Laloni.

O velório de Rita Lee será aberto ao público, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, nesta quarta-feira (10), das 10 às 17h.

Fonte: Redação Terra Você
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