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Cara de cortisol: estresse pode mesmo alterar o formato do seu rosto?

Especialistas explicam como o famigerado hormônio do estresse pode causar inchaço e outros problemas

9 ago 2024 - 05h00
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Conhecido como "hormônio do estresse", o cortisol pode gerar impactos estéticos
Conhecido como "hormônio do estresse", o cortisol pode gerar impactos estéticos
Foto: Freepik

Depois da Cabeça de Ozempic, a tag ‘#cortisolface' ou, em português, 'cara de cortisol’ é o novo viral das redes sociais. A expressão foi criada para definir o inchaço e a distensão facial causado pelo estresse crônico, resultando em uma aparência arredondada e cheia do rosto.

Conhecido como o “hormônio do estresse”, o cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, que estão localizadas acima dos rins. Níveis excessivamente altos, geralmente devido a estresse crônico ou condições médicas, podem levar a problemas como ganho de peso, pressão alta, diabetes e outros problemas de saúde. 

Em entrevista ao Terra Você, o biomédico Thiago Martins explica que o cortisol tem um impacto significativo na estrutura celular da pele. Níveis elevados de cortisol podem levar a uma diminuição na produção de colágeno e elastina, proteínas essenciais para a firmeza e elasticidade da pele. 

Além disso, o cortisol pode aumentar a atividade das glândulas sebáceas, resultando em uma produção excessiva de sebo, que pode levar ao desenvolvimento de acne. 

A barreira cutânea também pode ser comprometida, reduzindo a capacidade da pele de reter água e levando a um aumento da perda transepidérmica de água, resultando em pele seca e desidratada.

O especialista destaca que há evidências de que o estresse pode afetar a redistribuição de gordura no rosto. O cortisol elevado pode promover a lipólise, ou seja, a quebra de gordura em algumas áreas, ao mesmo tempo que pode contribuir para o acúmulo de gordura em outras.

“Isso pode resultar em uma redistribuição desigual da gordura facial, levando a características como um aumento na gordura submental (papada) e uma redução na gordura nas bochechas, contribuindo para uma aparência mais envelhecida e menos harmônica”, diz Martins.

De acordo com o especialista, a ciência biomédica investiga a relação entre hormônios do estresse e a aparência facial através de estudos clínicos e experimentais que examinam os mecanismos moleculares e celulares subjacentes. 

"Rosto de cortisol" é só um dos efeitos do estresse crônico

A psiquiatra Cíntia Braga conta que um corpo submetido a estresse crônico pode sofrer alterações em diversos aspectos. Desde tensões musculares, principalmente em ombros e musculatura facial até retenção de líquidos. 

“O tensionamento excessivo de algumas áreas faciais pode resultar em linhas de expressão mais profundas, como rugas na testa, ao redor dos olhos e na região entre as sobrancelhas. A postura também pode ser afetada, levando a uma aparência mais fechada e encolhida”, diz a médica ao Terra Você.

A especialista ainda destaca que o estresse crônico pode distorcer a percepção que temos de nossa própria aparência. Pessoas sob essa condição podem ter uma autoimagem negativa, sentindo-se menos atraentes ou menos interessantes.

“Em quadros depressivos e/ou ansiosos frequentemente estão presentes baixa autoestima e autoavaliação negativa. Esses fatores podem levar a um ciclo vicioso, onde a percepção negativa de si mesmo aumenta o estresse e vice-versa”, completa.

Quanto às abordagens psiquiátricas para mitigar os efeitos estéticos do estresse, a médica enfatiza que medidas não medicamentosas, como mudanças de hábitos, adoção de uma alimentação saudável, prática de atividades físicas, atividades de lazer, ajustes nos processos de trabalho e demandas são fundamentais para qualquer mudança.

“A psicoterapia também é muito bem vinda. Em outros casos, geralmente mais graves, em que há um processo de adoecimento decorrente dessa exposição prolongada ao estresse, medicações psiquiátricas também podem ser utilizadas”, conclui.

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Fonte: Redação Terra Você
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