Casamento ajuda a sobreviver ao câncer, aponta pesquisa
Universidade da Califórnia analisou cerca de 800 mil casos de câncer diagnosticados entre 2000 e 2009 nos Estados Unidos
Pacientes com câncer e que são casados são mais propensos a sobreviver do que aqueles que estão solteiros durante a batalha contra a doença, sugeriu um estudo feito pela Universidade da Califórnia. As informações são do site do jornal The Telegraph.
Foram analisados cerca de 800 mil casos de câncer diagnosticados entre 2000 e 2009, nos Estados Unidos. Entre os grupos analisados, a taxa de mortalidade se mostrou maior entre os homens e foi constatado que o efeito da doença difere de acordo com a raça e o local de nascimento do paciente.
Os não-hispânicos possuíam a maior taxa de mortalidade, com 24% a mais do que os casados. Já mulheres brancas não-hispânicas solteiras tiveram um aumento de 17% no índice em comparação com as casadas.
Segundo Maria Elena Martinez, líder da pesquisa, os especialistas em câncer “devem estar cientes de que o aumento da mortalidade é verdadeiro entre os solteiros. Os médicos que tratam pacientes nessa situação devem perguntar se há alguém em seu círculo social disponível para ajudá-los física e emocionalmente durante o tratamento”.
A pesquisa ainda descobriu que havia uma diferença significativa no percentual de óbito entre pessoas de ascendência hispânica, bem como aqueles que nasceram nos Estados Unidos em comparação com estrangeiros.
De acordo com Martinez, “os resultados sugerem que, quanto mais aculturado você se tornar, mais isso afeta na sobrevivência contra o câncer. Nossa hipótese é que os brancos não-hispânicos não tem o mesmo circulo social com outras culturas, com lanços mais fortes com família e amigos. Também foi mostrado que as mulheres procuram ajuda para problemas de saúde com mais frequência que os homens e elas tendem a lembrar os cônjuges a irem ao médico e levar uma vida mais saudável”.
Estudos anteriores já descobriram que casais tendem a ter bons hábitos em relação à saúde, mas os pesquisadores ressaltaram que esta foi a primeira do tipo a tentar determinar o quanto o efeito na lutar contra o câncer estava relacionado ao dinheiro e a companhia.