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Caso Faustão: como a insuficiência cardíaca pode afetar os rins?

O ex-apresentador televisivo Faustão recebeu um transplante de rim seis meses após ter passado por um transplante de coração. Entenda o caso

28 fev 2024 - 17h57
(atualizado às 18h11)
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Fausto Silva, o Faustão, passou por um transplante de rim em função do agravamento de uma doença renal crônica. A cirurgia ocorreu seis meses após o comunicador realizar um transplante de coração, devido piora de seu quadro de insuficiência cardíaca. Há uma relação estreita entre as operações.

Rim é o órgão que tem maior lista de espera; Faustão aguardou 2 meses Rim é o órgão que tem maior lista de espera; Faustão aguardou 2 meses

Como a insuficiência cardíaca pode afetar os rins?

Via final de muitas doenças cardiovasculares, a insuficiência cardíaca (IC) ocorre quando o coração não consegue bombear o sangue adequadamente para todo o corpo, seja por não ter "força" o suficiente para fazer o trabalho ou por ter que se "esforçar" demais para conseguir realizar a função. Com isso, a circulação sanguínea fica descompensada, o que pode causar diversos outros problemas secundários, como alterações de fluxo aos rins, impactando o funcionamento em curto ou em longo prazos.

"Aproximadamente 70% dos casos de síndrome cardiorrenal advêm de piora da função cardíaca em um contexto de insuficiência cardíaca descompensada. Quando um paciente passa pelo transplante do coração, o organismo precisa se recuperar da 'agressão' da própria cirurgia e se adaptar ao uso das medicações necessárias. Os imunossupressores, por exemplo, vitais para transplantados, também afetam os rins", explica o Dr. Alexandre Soeiro, coordenador do Programa de Insuficiência Cardíaca e Transplante Cardíaco do Hcor.

Síndrome cardiorrenal

O critério diagnóstico mais comumente utilizado para detecção da síndrome cardiorrenal é o aumento da creatinina sérica. "A realização desse exame já é uma prática clínica para o acompanhamento de pacientes com doenças cardiovasculares e/ou renais. Todos os nossos esforços visam estabilizar os níveis, mas quando a função renal chega a 15%, é preciso iniciar o tratamento de hemodiálise, para manter o equilíbrio das substâncias essenciais para o organismo", esclarece o especialista.

O cuidado é importante porque a combinação da insuficiência cardíaca com a hemodiálise representa um grande risco. As doenças cardiovasculares são as principais causas de morbidade e mortalidade em pacientes submetidos a tratamento dialítico, contando com quase 40% das hospitalizações e aproximadamente 50% dos óbitos. A taxa de mortalidade cardiovascular em pacientes com doença renal em fase terminal é de 10 a 20 vezes maior que na população em geral, sendo a taxa de sobrevida em cinco anos estimada em cerca de 20%.

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