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Caso Sidney Sampaio: remédio para insônia pode causar surto psicótico?

Ator disse que usa medicação para dormir e suspeita que tenham drogado uma bebida que ele ingeriu

15 ago 2023 - 17h59
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Sidney Sampaio
Sidney Sampaio
Foto: Reprodução/ Instagram @sidneysampaiooficial

Enquanto se recupera do susto que sofreu na última semana, Sidney Sampaio falou sobre seu surto em um hotel no Rio de Janeiro, na madrugada do último dia 4. Na ocasião, o ator destruiu o quarto em que estava hospedado e até se jogou da janela, ganhando duas fraturas.

"Não me lembro exatamente o motivo pelo qual eu acabei me jogando", disse ao programa "Domingo Espetacular", da Record. "Mas eu acho que tem a ver com algum tipo de pânico que eu estava sentindo naquele momento. Alguma coisa que eu estava entendendo que estava me fazendo mal. Ou me perseguindo".

Para Sampaio, o episódio foi consequência de uma síndrome do pânico. Ele suspeita que tenham drogado uma bebida que havia ingerido horas antes na praia.

O ator sofre com depressão e toma remédios para insônia. Segundo sua assessoria, o surto seria justamente uma espécie de efeito adverso da medicação.

Remédios para insônia causam surto psicótico?

Não é comum, mas pode acontecer. É o que avalia a psiquiatra Danielle H. Admoni, especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria.

Em entrevista ao Terra, ela explica que não se pode falar especificamente sobre o caso do ator sem saber quais substâncias ele ingeriu, qual a dose da medicação e as condições clínicas do paciente.

"Um surto é muito difícil, mas depende da medicação que ele estava tomando. O que a gente sempre orienta é jamais associar com álcool e outros tipos de substâncias porque todas acabam tendo interação."

A também psiquiatra Jaqueline Bifano lembra que tais medicações também podem provocar confusão mental, tontura, dificuldade de concentração e alucinações visuais e auditivas. São reações que deixam o indivíduo com a percepção de realidade alterada.

Qual a forma mais segura de tomar remédios para insônia?

Danielle ressalta que a primeira regra é seguir a orientação médica. "É a dose que o psiquiatra te prescreveu, na hora que ele te prescreveu, da maneira que ele te prescreveu. Então, você não pode tomar, por exemplo, de manhã um remédio prescrito pra noite", frisa a especialista.

Outra regra básica apontada pelas duas psiquiatras é não fazer uso de álcool ou outras drogas junto à medicação. Isso porque tanto o remédio quanto a bebida são substâncias depressoras do sistema nervoso central.

Além disso, mais um ponto destacado: remédio para dormir é para tomar na hora de ir dormir. "Essas medicações devem ser tomadas praticamente na hora de deitar. A pessoa deve tomar, apagar luz e deitar. Evitar uso de telas. E, no dia, não pode ter feito uso de bebida alcoólica e de nenhum tipo de droga", ressalta Jaqueline, especialista em Psiquiatria Infantil.

Ela e Danielle esclarecem que há um rebaixamento do nível de consciência quando o paciente faz uso desse tipo de substância, o que pode provocar uma alteração de memória anterógrada. Ou seja, após tomar o remédio, ele pode não se lembrar do que ocorreu depois.

Esse efeito, claro, também varia de acordo com o paciente, sua sensibilidade e a dose do remédio, entre outros fatores. Portanto, quem faz uso desse tipo de medicação, não deve tomá-la e seguir para atividades que exijam interação, como trabalhar ou mesmo trocar e-mails, nem que ofereçam risco, como sair à rua.

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Fonte: Redação Terra Você
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