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Casos de malária são registrados em Ilhabela, litoral de SP

Duas crianças foram infectadas na cidade; maioria dos casos de malária do Estado se concentram na região

26 nov 2018 - 05h11
(atualizado às 07h56)
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SOROCABA - Dois casos de malária confirmados nos últimos dias no município de Ilhabela puseram em alerta o Litoral Norte do Estado de São Paulo. A região já era alvo de atenção por causa de casos confirmados, inclusive com óbitos, de febre amarela.

Mosquito
Mosquito
Foto: iStock

A Secretaria da Saúde confirmou o diagnóstico positivo para a malária, na última terça-feira, 20, em um bebê de 1 ano e 2 meses. No dia anterior, uma criança de quatro anos teve a doença confirmada. Os dois pacientes estão medicados, passam bem e aguardam alta hospitalar, segundo a prefeitura.

Segundo a Secretaria da Saúde, as crianças moram em áreas com mata nativa, habitat do mosquito Anopheles, transmissor da doença. Equipes da Vigilância Epidemiológica realizam varreduras nas regiões dos bairros do Reino e Perequê, onde surgiram os casos. Para controle, a prefeitura iniciou mutirões de limpeza e de conscientização de moradores em todos os bairros próximos dos casos. Ainda não existe vacina eficaz contra a doença disponível na rede pública de saúde, por isso devem ser evitadas as áreas de risco.

O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde informou que, este ano, foram registrados 6 casos da doença no Estado — o número não inclui os dois casos de Ilhabela, ainda em fase de notificação. Em todo o ano passado, foram 15 casos. Em 2016, tinham sido dez e, em 2015, apenas dois. De acordo com a Vigilância, o parasita que circula no Estado de São Paulo provoca uma forma mais branda da doença, em comparação com outras regiões. "O Estado presta auxílio aos municípios, assim que há confirmação do caso, com a busca ativa de vetores por meio do efeito da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) e também incentiva a realização de exames na população próxima da região de infecção", informou a pasta.

A região do Litoral Norte concentra a maioria dos casos de malária do Estado. A urbanização de áreas de mata favorece a transmissão da doença a humanos. Em São Sebastião, três pessoas tiveram a doença este ano. Outro caso foi registrado em Caraguatatuba. Também houve um caso confirmado em São José dos Campos e outro em Natividade da Serra. Os turistas e pessoas que vão para a região de mata estão sendo orientados a usarem repelentes, principalmente após as 18 horas, pois o mosquito tem hábitos noturnos.

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