Script = https://s1.trrsf.com/update-1729514441/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Casos de sífilis aumentam no Brasil; infecção tem quatro estágios e pode ser assintomática

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que pode apresentar diferentes manifestações clínicas; veja como identificar

22 out 2024 - 11h41
Compartilhar
Exibir comentários
O exame VDRL, utilizado para detecção de anticorpos, é fundamental na identificação da sífilis congênita e neurossífilis
O exame VDRL, utilizado para detecção de anticorpos, é fundamental na identificação da sífilis congênita e neurossífilis
Foto: Divulgação/Firstlab

Nos últimos dez anos, o Brasil tem registrado um crescimento significativo nos casos de sífilis. De acordo com o Boletim Epidemiológico Sífilis 2023, divulgado pelo Ministério da Saúde, entre 2012 e 2022 foram notificados 1.273.027 casos de sífilis adquirida, 537.401 casos em gestantes e 238.387 casos de sífilis congênita. 

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que pode apresentar diferentes manifestações clínicas, sendo dividida em quatro estágios: 

1. Sífilis primária, com surgimento de uma úlcera indolor (cancro) no local da infecção; 

2. Sífilis secundária, que ocorre semanas após a infecção inicial, com sintomas como manchas pelo corpo, febre e dor de cabeça; 

3. Sífilis latente, fase assintomática, mas detectável por exames de sangue; 

4. Sífilis terciária, a mais grave, que pode surgir anos depois, causando lesões graves em órgãos como o cérebro, coração e ossos, caso não seja tratada.

Segundo a infectologista do Hospital Angelina Caron, Camila Lopes Ahrens, a sífilis congênita, transmitida da mãe para o bebê durante a gestação, pode gerar complicações graves, como aborto, parto prematuro, baixo peso ao nascer, malformações, surdez, cegueira ou problemas neurológicos.

“Por isso, o diagnóstico e tratamento precoces durante a gravidez são essenciais para prevenir essas complicações”, alerta a médica.

Contágio e sintomas da sífilis

A sífilis é uma IST, e sua principal forma de contágio é o contato sexual sem proteção com uma pessoa infectada. Contudo, a infecção também pode ser transmitida por meio de contato direto com feridas sifilíticas ou pela transmissão vertical, de mãe para feto, durante a gravidez.

Os sintomas variam conforme o estágio da doença. A infectologista explica: “Na fase primária, aparecem úlceras indolores; na secundária, manchas pelo corpo, febre e cansaço. Na fase latente, a infecção é assintomática. Já na fase terciária, as lesões podem atingir órgãos vitais, causando neurossífilis e problemas cardíacos”.

Embora a maioria dos casos apresente sintomas, existem casos assintomáticos que requerem diagnóstico por exames. A especialista destaca que o aumento nos números pode ser resultado de maior oferta de testes e do acesso ampliado aos serviços de saúde, mas também de falhas no uso de preservativos e da redução de campanhas preventivas.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da sífilis é realizado por exames clínicos e laboratoriais, como os testes treponêmicos (FTA-ABS) e não-treponêmicos (VDRL ou RPR). O exame VDRL, utilizado para detecção de anticorpos, é fundamental na identificação da sífilis congênita e neurossífilis. O resultado positivo indica contato prévio com a infecção.

“O diagnóstico precoce auxilia na efetividade do tratamento e diminui os riscos ocasionados por estágios da doença. A qualidade dos materiais utilizados afeta diretamente a execução e avaliação dos resultados”, ressalta Vitória Repula, assessora científica da FirstLab.

Os testes devem ser realizados em pessoas com vida sexual ativa e em gestantes durante o pré-natal. Em caso de diagnóstico positivo, o tratamento é feito com antibióticos, geralmente penicilina, administrados de acordo com o estágio da doença. 

“Na sífilis primária, secundária ou latente precoce, uma dose única de penicilina benzatina é suficiente. Nos casos mais avançados, como sífilis latente tardia ou terciária, são necessárias três doses semanais. É essencial tratar os parceiros sexuais para evitar a reinfecção”, explica a infectologista. 

Em casos graves, como neurossífilis, o tratamento é realizado com penicilina intravenosa por até 14 dias, podendo ser substituída por ceftriaxona em algumas situações.

Fonte: Redação Terra Você
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade