Sul da Flórida é zona de risco de contágio por zika
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos incluiu neste sábado o sul da Flórida na lista de destinos onde os visitantes devem tomar precauções adicionais devido ao risco de pegar o vírus da zika.
A decisão foi anunciada pouco depois de o governador do estado, Rick Scott, ter confirmado hoje que outras dezes pessoas "possivelmente" contraíram o vírus da doença localmente, não no exterior, o que eleva para 14 os casos autóctones de zika na região.
A área de risco, localizada ao norte do centro de Miami e de aproximadamente 1,6 quilômetros de diâmetro, é até agora onde foram registrados os casos do vírus por transmissão local por mosquitos.
"Recomendamos às mulheres grávidas que evitem viajar para essa região e às que trabalham ou vivem no local que façam todos os esforços para evitar as picadas do mosquito e o contágio sexual da doença", disse em entrevista coletiva o diretor do CDC, Tom Frieden, com sede em Atlanta, na Geórgia.
As autoridades sugeriram as mulheres que tinham visitado depois do dia 15 de julho a região afetada, que abrange os bairros de Wynwood e Edgewater, não engravidem nas próximas 8 semanas.
Já para os homens que tenham experimentado os sintomas do vírus, a recomendação é que esperem até 6 meses antes de tentar ter filhos. Caso sua companheira esteja grávida, o CDC orienta que o indivíduo utilize preservativos durante as relações sexuais.
Especialistas do CDC foram enviados a Miami para coordenar os trabalhos de prevenção, controle e diagnóstico do vírus.
"Estivemos trabalhando de perto com a Flórida por várias semanas nesta e em outras pesquisas, e reconhecemos rapidamente que a situação mudou", destacou Frieden.
O diretor do CDC afirmou que as medidas tomadas para controlar a proliferação de mosquitos na região não tiveram os resultados esperados, especialmente no condado de Miami-Dade.
O site do CDC incluiu novas recomendações para as pessoas que irão viajar ou morem na região da Flórida afetada pela doença.
O CDC registrou até o momento 1.685 pessoas diagnosticadas com o vírus da zika nos EUA e no Havaí, embora as autoridades estimem que esse número pode ser muito maior porque há casos em que as pessoas infectadas não apresentam os sintomas da doença.
As autoridades acreditam que há pelo menos 433 mulheres grávidas com a doença no país.