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Ciclismo de rua x mountain bike

O mountain bike e o ciclismo de rua são duas modalidades distintas de ciclismo, cada uma com suas próprias características e propósitos. O mountain bike, como o próprio nome afirma, é praticado em terrenos acidentados e off-road, como trilhas na montanha, florestas e colinas. Os ciclistas de mountain bike enfrentam subidas íngremes, descidas rochosas e […]

30 out 2024 - 16h29
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O mountain bike e o ciclismo de rua são duas modalidades distintas de ciclismo, cada uma com suas próprias características e propósitos.

O mountain bike, como o próprio nome afirma, é praticado em terrenos acidentados e off-road, como trilhas na montanha, florestas e colinas. Os ciclistas de mountain bike enfrentam subidas íngremes, descidas rochosas e obstáculos naturais, e as bicicletas são projetadas especificamente para resistir a terrenos irregulares, priorizando boas suspensões e pneus largos, por exemplo. Enquanto isso, o ciclismo de rua acontece estradas pavimentadas e asfaltadas, geralmente em áreas urbanas ou rurais. Os ciclistas de estrada compartilham as vias com veículos automotores e precisam seguir as regras de trânsito. As bicicletas de estrada são mais leves, com pneus finos e aerodinâmicos, otimizados para velocidade e eficiência em superfícies lisas.

Foto: Revista Malu

O estilo de pilotagem varia entre as duas modalidades. No mountain bike, a pilotagem é mais técnica, com mudanças frequentes de ritmo, manobras para superar obstáculos e um foco na experiência off-road. No ciclismo de rua, o objetivo principal é a velocidade e a resistência, mantendo um ritmo constante em estradas pavimentadas.

As competições também são diferentes. O mountain bike inclui eventos como cross-country, downhill e enduro, cada um com desafios específicos. O ciclismo de rua envolve corridas de estrada, contra o tempo e por etapas. Em resumo, essas duas modalidades oferecem experiências únicas no mundo do ciclismo, atraindo diferentes tipos de ciclistas com interesses variados, desde a emoção das trilhas off-road até a busca pela velocidade nas estradas pavimentadas.

A perspectiva de quem pratica

Agora, olhando para a perspectiva da atleta Ana Polegatch, que acumula 15 títulos de Campeonato Brasileiro no Ciclismo e compartilha suas experiências com uma grande audiência nas redes sociais, podemos explorar as diferenças entre o mountain bike e o ciclismo de rua.

Em relação à experiência e prática, Ana destaca que ambos os esportes exigem um alto nível técnico e experiência. No entanto, o mountain bike pode ser uma opção para aqueles que têm medo de pedalar em estradas devido ao tráfego de veículos. Escolher entre as duas modalidades afeta o treinamento e a preparação física, mas o nível de dedicação determina o desempenho. "Para iniciar, o mountain bike se torna uma opção para quem não quer pedalar em rodovias, por medo de trânsito", pontua a atleta.

Os equipamentos essenciais para cada modalidade são bastante diferentes. Ana afirma que, embora o capacete e o uniforme sejam parecidos, as bicicletas são muito diferentes e requerem diferentes posturas e técnicas de pilotagem. Cada modalidade oferece desafios e recompensas particulares, sendo o mountain bike a que conta com mais corridas de etapas no Brasil e uma premiação geralmente mais atraente. 

Vá de bike! 

Para além das competições, o ciclismo também é uma forma de buscar melhora na qualidade de vida de uma forma geral. Isso porque os benefícios de pedalar incluem diversos ganhos físicos, como redução do colesterol e triglicérides, além de um aumento significativo na sensação de bem-estar e cuidados com a saúde mental. 

Uma pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento e do Ministério do Desenvolvimento Regional de 2022 revelou que 38,4% das pessoas que usam a bicicleta como meio de transporte consideram a praticidade e a agilidade no deslocamento, além de economizarem o dinheiro que gastariam com outros meios de transporte. Porém, a preocupação com a saúde é a motivação de 26% dos entrevistados, que buscam, entre outras coisas, melhorar o condicionamento físico e prevenir doenças crônico-degenerativas. 

 Menos estresse, mais resultado

Um outro estudo, realizado pela Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos, mostrou ainda uma relação positiva entre pedalar e a produtividade profissional. Os resultados apontaram que aqueles que pedalavam até o local de trabalho chegavam menos estressados e desempenhavam uma melhor performance ao longo do dia.

De acordo com a pesquisa, isso tem a ver com a experiência positiva proporcionada pelo trajeto, uma vez que o prazer proporcionado pelo percurso impacta diretamente as relações no trabalho, fazendo com que esses trabalhadores se tornem mais solícitos com os colegas de equipe e mais eficientes para cumprir as tarefas.

Vitamina D e mais!

Além de tudo isso, não podemos esquecer da importância da exposição ao sol para a saúde quando feita de forma cautelosa e em horários seguros. Além de ser uma fonte rica em Vitamina D - essencial para o funcionamento correto do sistema imunológico - a luz solar protege contra diversas doenças e fortalece muito a saúde. 

Alguns estudos recentes, como artigos publicados pelo periódico acadêmico Environmental Health Perspectives, assim como pesquisas do Journal of Internal Medicine e BMC Geriatric, apontam que os raios solares estimulam a saúde cardiovascular, combate sintomas de depressão, aumenta a líbido em homens e mulheres e ainda auxilia na prevenção de doenças como o câncer de cólon, mama, próstata, linfoma não-Hodgkin, além de esclerose múltipla, hipertensão e diabetes.

Qual a melhor modalidade para começar?

Para quem está interessado em começar a praticar uma dessas modalidades, o conselho de Ana Polegatch é avaliar seu estilo pessoal e preferências. "Se você tem medo de andar próximo aos carros, o ciclismo de estrada já será desafiador logo de início. O ciclismo de estrada é a melhor opção se você não curte descidas com obstáculos naturais, quer somente fazer força, e odeia empurrar bike", indica.  

Por fim, a escolha entre mountain bike e ciclismo de rua é influenciada pelo gosto pessoal e objetivos individuais. Ana Polegatch, por exemplo, segue as duas modalidades, mas optou pelo ciclismo de estrada. A decisão, em última instância, depende das preferências e metas de cada ciclista, e ambas as modalidades oferecem experiências únicas no mundo do ciclismo. "No meu caso, eu amo as duas modalidades e me identifico até mais com o clima descontraído do MTB. Eu fui para o ciclismo de estrada porque apareceram boas oportunidades de equipe", finaliza. 

Revista Malu Revista Malu
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