Cidade de SP confirma mais um caso importado de sarampo
É o terceiro registro em um mês; infecções foram diagnosticadas em São Paulo, mas ocorreram fora do País
SÃO PAULO - A Secretaria Municipal da Saúde confirmou nesta segunda-feira, 29, que a cidade já registrou neste ano três casos confirmados de sarampo, todos eles importados, ou seja, com infecção ocorrida fora da cidade.
De acordo com a pasta, as infecções foram diagnosticadas na capital, mas ocorreram na Noruega, Israel e em um navio vindo de Malta. O risco é que os pacientes infectados fora do País iniciem uma cadeia de transmissão interna. Os indivíduos mais suscetíveis são os bebês menores de um ano, que ainda não podem ser imunizados, e pessoas que não tomaram a vacina.
Como revelou o Estado, o primeiro caso do ano foi confirmado no final de março. Antes disso, a cidade estava desde 2015 sem registrar casos da doença.
Além das três infecções confirmadas, a secretaria investiga outras 80 notificações suspeitas. Mesmo antes da confirmação, técnicos da vigilância epidemiológica realizam ações de bloqueio vacinal para evitar o contágio.
Nessas ações, os agentes municipais buscam pessoas não vacinadas em um raio de oito quarteirões ao redor do caso para que todas sejam devidamente imunizadas.
Essa busca também pode ser realizada em locais frequentados pelo paciente, como escolas, creches e comércios. O procedimento é uma recomendação do Ministério da Saúde e deve ser seguido em todo o País.
O sarampo pode ser evitado com a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola e é fornecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O esquema vacinal é composto por duas doses: uma aos 12 meses e outra aos 15 meses. Para quem não se vacinou quando criança ou não tem certeza sobre a imunização, a recomendação é que procure um posto de saúde e tome as duas doses. A partir dos 30 anos, somente uma dose é indicada.
Veja perguntas e respostas sobre o sarampo
Quais os sintomas da doença?
Os sintomas do sarampo são febre alta, acima de 38,5°C; exantema (erupções cutâneas vermelhas); tosse; coriza; conjuntivite e manchas brancas que aparecem na mucosa bucal de 1 a 2 dias antes do aparecimento do exantema.
O sarampo pode matar?
Sim. Complicações infecciosas decorrentes do sarampo podem levar à morte, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.
Qual a forma de prevenção?
Como é uma doença extremamente contagiosa, a única forma de se prevenir é com a vacinação, que deve ser aplicada em duas doses: uma aos 12 meses e a outra, aos 15 meses.
Quem deve se vacinar?
A primeira dose deve ser dada a crianças de 12 meses de idade. Já a segunda, a crianças de 15 meses (1 ano e 3 meses). Gestantes, crianças com menos de 6 meses e imunocomprometidos não devem receber a dose. A gestante deve esperar para ser vacinada após o parto.
Adultos estão livres da doença?
Não. E adultos na faixa de 30 anos devem, especialmente, ficar atentos. Isso porque, no passado, a vacinação era feita aos 9 meses e em apenas uma dose. Portanto, eles devem procurar o serviço de saúde para atualizar a caderneta de vacinação.
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