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Cidades do interior de SP retomam medidas adotadas no auge da pandemia

Prefeituras decretam calamidade e toque de recolher contra retomada da covid-19 no Estado, que vive alta de casos e internações

12 dez 2020 - 10h10
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SOROCABA - O aumento no número de casos de coronavírus este mês está levando cidades do interior e do litoral de São Paulo a repetirem medidas adotadas no auge da pandemia, entre maio e julho deste ano.

A prefeitura de Ilhabela, no litoral norte do Estado, decretou calamidade pública nesta sexta-feira, 11, em razão do aumento nos casos positivos de covid-19. Em Santos e Guarujá, barreiras voltaram a ser montadas nos acessos às praias.

Em Andradina, noroeste paulista, um decreto municipal determinou toque de recolher, a partir desta sexta-feira. Quem estiver na rua entre 23h30 e 5 da manhã sem justificativa pagará multa de até R$ 540.

A prefeitura de Santos voltou a instalar barreiras para evitar a entrada de turistas de um dia. Ônibus e vans são abordados em acessos às praias
A prefeitura de Santos voltou a instalar barreiras para evitar a entrada de turistas de um dia. Ônibus e vans são abordados em acessos às praias
Foto: Prefeitura de Santos/Divulgação / Estadão

Nesta sexta, o Estado de São Paulo atingiu o número de 43.802 óbitos e 1.325.162 casos confirmados de coronavírus. O aumento proporcional de casos foi maior no interior e litoral, segundo o governo estadual. As taxas de ocupação de leitos de UTI atingiram 64,4% na Grande São Paulo e 58,4% no Estado. Mais de 10 mil pacientes estavam internados, dos quais 4.573 em unidades de terapia intensiva.

Em Ilhabela, o novo decreto municipal, que alterou o decreto de 20 de março, determinou a proibição de qualquer tipo de reunião, evento e aglomeração em espaços públicos, incluindo vias e logradouros. Casamentos só podem ser realizados com ocupação de 40% do espaço, sem uso de pistas de dança.

As novas regras incluíam o funcionamento de bares, restaurantes e quiosques até a meia-noite, mas a prefeitura anunciou que pode rever a medida, depois que o governo estadual estabeleceu a abertura desses estabelecimentos só até 22 horas. A cidade vive uma retomada da doença, tendo registrado o recorde de casos positivos diários (252) na última quarta-feira, 9.

Já em Andradina, o número de pessoas infectadas chegou a 1.901, com 62 mortes, mas houve uma aceleração na disseminação da doença, segundo a prefeitura. O decreto municipal estabelece um regime de lei seca, determinando o fechamento do comércio de bebidas alcoólicas até as 18 horas.

Após esse horário, só é permitida a retirada para consumo domiciliar. A norma proíbe também qualquer tipo de aglomeração em bares, calçadas à sua frente e adjacências em qualquer hora do dia. A Polícia Militar foi requisitada para auxiliar na fiscalização. No início da pandemia, em abril, a cidade já havia adotado o toque de recolher. Na ocasião, 150 pessoas foram multadas.

Em Presidente Prudente, pelo segundo fim de semana consecutivo, a lei seca ficará em vigor. Conforme decreto da prefeitura, desde a tarde desta sexta-feira, 11, está proibido o consumo de bebidas alcoólicas em praças, ruas, avenidas e parques, sob pena de caracterizar infração penal.

As aglomerações em parques públicos e praças também foram vetadas. A cidade registrou nesta sexta mais duas mortes e 108 novos casos de covid-19, totalizando 8.239 casos positivos e 176 mortes.

Na Baixada Santista, duas cidades (Guarujá e Santos) adotaram barreiras para impedir a entrada de ônibus e vans de turismo de um dia. No Guarujá, seis acessos às praias estão com barreiras funcionando 24 horas. Os ônibus de turistas sem reservas em hotel ou pousada são obrigados a retornar. Em Santos, as barreiras funcionam nos dois principais acessos à região central, mas apenas em fins de semana, a partir da tarde de sexta-feira.

Estadão
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