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Cidades do interior ignoram isolamento e reabrem comércio

Nesta terça-feira, 14, índice ficou em 50% no Estado, quando o ideal seria de 70%

15 abr 2020 - 16h31
(atualizado às 17h04)
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Algumas das principais cidades do interior de São Paulo estão relaxando as medidas de isolamento social antes do prazo estabelecido pela quarentena estadual, que vai até o próximo dia 22. O distanciamento é a principal recomendação das autoridades de saúde para evitar a rápida propagação da pandemia do novo coronavírus. Um monitoramento realizado pelo governo estadual mostrou que o índice de isolamento social, nesta terça-feira, 14, ficou em 50% no Estado, quando o ideal seria de 70%. No interior, as principais cidades registraram índices ainda menores, oscilando entre 42% e 48%.

Nesta quarta-feira, 15, o comércio não essencial de São José do Rio Preto começou a funcionar em regime de drive-thru. Os clientes param o carro em frente à loja e recebem o material sem sair do veículo. A prefeitura liberou o estacionamento rotativo, a chamada zona azul, para facilitar o acesso às lojas de rua. Muitos estabelecimentos estão usando os próprios estacionamentos para atender a clientela.

As feiras livres também voltaram a funcionar. A reabertura já resultou em maior movimento de veículos nas ruas. Rio Preto tem três mortes e 56 casos confirmados, além de três óbitos em investigação.

Além do comércio não essencial, as feiras livres também voltaram a funcionar em São José do Rio Preto, interior de São Paulo
Além do comércio não essencial, as feiras livres também voltaram a funcionar em São José do Rio Preto, interior de São Paulo
Foto: Prefeitura de São José do Rio Preto/Divulgação / Estadão Conteúdo

A retomada resulta de acordo entre a prefeitura e a Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto (Acirp). A prefeitura informou que o atendimento a nova deliberação, publicada nesta terça-feira, 14, apenas esclarece sobre o atendimento em regime de delivery ou drive-thru que já estava permitido desde o decreto de quarentena, de 24 de março.

"Neste decreto já estava especificado que os serviços não essenciais poderiam atuar exclusivamente pelo sistema de entrega em domicílio ou drive-thru. Como ainda restavam dúvidas, optou-se por fazer um novo esclarecimento", informou a prefeitura.

A gerente da Vigilância Sanitária, Miriam Wowk dos Santos Silva, participou de live ao lado do presidente da Acirp, Kelvin Kaiser, confirmando a possibilidade de atendimento drive-thru em todo estabelecimento que tiver área de estacionamento, mesmo em via pública, não sendo permitido estacionar sobre calçadas. A abertura de lojas para a entrada dos clientes continua vetada.

Desde 24 de março, 88 estabelecimentos foram autuados por desrespeitar as normas e, desses, seis foram multados. Nesta terça, uma empresa de autopeças da cidade conseguiu liminar na Justiça para realizar atendimento presencial.

Em Presidente Prudente, no oeste paulista, um decreto da prefeitura autorizou o atendimento presencial em óticas e lojas similares. O decreto foi publicado nesta quarta-feira, 15. A prefeitura informou que a permissão segue entendimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que considera os varejos óticos como serviços relacionados à saúde. A medida beneficia cerca de 100 estabelecimentos. O atendimento deve ser individual e os funcionários são obrigados ao uso de máscaras. A cidade tem dois óbitos e quatro casos confirmados da doença.

Depois de constatar a queda nos índices de isolamento social, a prefeitura de Campinas baixou decreto, nesta quarta-feira, 15, determinando que o comércio essencial impeça a entrada de clientes que estiverem sem máscaras de proteção. A medida, que tem sete dias de carência, vale também para quem está na fila de atendimento. O decreto determina ainda que a entrada no estabelecimento seja limitada a no máximo uma pessoa a cada cinco metros quadrados de área útil. Campinas totaliza cinco óbitos e 132 casos confirmados da covid-19.

Em Americana, o Ministério Público protocolou ação civil, nesta terça-feira, para obrigar a prefeitura a suspender o atendimento presencial em todos os setores da administração direta e indireta. Conforme o MP, essa forma de atendimento contraria o decreto de quarentena do governo estadual e "afronta as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), Ministério da Saúde e diretriz da saúde pública do Estado de São Paulo, de contenção da doença". A cidade tem sete casos e três mortes confirmadas por coronavírus. A prefeitura informou que o decreto estadual não faz apontamentos em relação ao poder público municipal, por isso considera não ter cometido qualquer ilegalidade.

Em Ribeirão Preto, um levantamento da Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (Transerp) mostrou aumento de 28% no número de passageiros do transporte público municipal, durante o período de quarentena, o que indica redução no isolamento social.

No dia 8 de abril, segundo a pesquisa, 53,6 mil pessoas usaram o serviço, quando no dia 24 de março, quando o distanciamento era mais rígido, foram 41,8 mil. Entre os idosos, o número quase dobrou, de 3,7 mil para 7,1 mil no período. Ribeirão registra cinco mortes e 184 casos confirmados de coronavírus.

Estadão
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