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Cientistas revelam primeiro mapa genético das mutações do câncer de próstata

21 mai 2015 - 14h53
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Um grupo de pesquisadores criaram o primeiro mapa genético das mutações do câncer de próstata com metástases por todo o corpo, que servirá de guia para novos tratamentos, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista "Cell".

Trata-se da "pedra de roseta" - fragmento de uma estela de granodiorito do Egito Antigo, cujo texto foi crucial para a compreensão moderna dos hieróglifos egípcio - do câncer de próstata com metástases, pois proporciona a capacidade de decifrar a complexidade da doença e transferir os resultados a planos de tratamento personalizados, segundo o professor do Instituto de Pesquisa do Câncer de Londres Johann de Bono.

O estudo apresenta o câncer de próstata não como uma doença única, mas como muitas doenças, cada uma delas impulsionada por suas próprias mutações.

Quase 90% dos homens que sofrem com câncer avançado de próstata têm mutações genéticas no tumor que poderiam ser o alvo de remédios, tanto já existentes como novos.

Graças a este novo mapa, os doutores poderiam começar a fazer testes para estas mutações "clinicamente factíveis" e fornecer aos pacientes com um avançado câncer de próstata remédios já existentes ou combinações deles dirigidas especificamente às aberrações genômicas específicas de seus tumores.

O estudo é o primeiro do mundo que realiza uma análise em profundidade de cânceres de próstata com metástases que são resistentes aos tratamentos padrão.

Os pesquisadores analisaram os códigos genéticos dos tumores metastásicos procedentes dos ossos, tecidos brandos, gânglios linfáticos e do fígado de 150 pacientes que sofrem com um câncer avançado de próstata.

Quase dois terços deles tinham mutações em uma molécula que interage com o hormônio masculino conhecido como andrógino, que têm como alvo os atuais tratamentos da doença.

Além disso, os cientistas encontraram em quase 20% dos pacientes mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que estão envolvidos também com o câncer de mama. Um estudo recente demonstrou que os pacientes com este tipo de mutação podem ser tratados com um tipo de fármaco chamado inibidores de PARP.

Os cientistas descobriram também mutações que nunca antes tinham sido detectadas em cânceres de próstata, mas sim em outros tipos da doença, para algumas das quais já existem remédios ou os memos estão na fase de testes clínicos.

Por fim, os pesquisadores determinaram que 8% dos doentes tinham nascido com erros em DNA que o predispunham a desenvolver o câncer de próstata.

EFE   
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