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Cientistas revertem sintomas do Alzheimer em camundongos; entenda

Camundongos com Alzheimer que receberam o tratamento têm a mesma função cognitiva que camundongos saudáveis

24 jun 2024 - 10h43
(atualizado em 1/7/2024 às 15h05)
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Foto: kjpargeter/freepik

Uma nova pesquisa feita no Japão tem resultados positivos quando se trata de Alzheimer. Cientistas conseguiram reverter os sinais da doença em camundongos de laboratório. A pesquisa foi publicada na última quinta-feira (20) na revista Brain Research.

Os pesquisadores restabeleceram a função saudável das sinapses, algo fundamental para que os neurônios consigam enviam mensagens químicas para outros neurônios.

Essa restauração foi desenvolvida com um peptídeo sintético, como se fosse um pequeno pacote de aminoácidos (essencialmente uma proteína), o injetando pelas narinas dos camundongos.

“Conseguimos reverter com sucesso os sintomas da doença de Alzheimer em camundongos”, explica a Chia-Jung Chang, primeira autora do estudo e integrante da Unidade de Computação Neural do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa (OIST), em comunicado à imprensa.

“Alcançamos isso com um pequeno peptídeo sintético, PHDP5, que pode facilmente atravessar a barreira hematoencefálica para direcionar diretamente o centro de memória no cérebro", disse.

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O resultado em camundongos abre oportunidades para um novo tipo de tratamento da doença de Alzheimer em humanos. Se a técnica for um sucesso em diversos estudos clínicos com participantes humanos, milhões de pessoas em todo o mundo podem ter uma virada de chave quando se trata dessa condição médica.

"Esperamos fortemente que nosso peptídeo possa passar pelos testes e chegar aos pacientes com Alzheimer sem muito atraso e resgatar seus sintomas cognitivos, que são a principal preocupação dos pacientes e suas famílias", disse Tomoyuki Takahashi, professor de neurociência do OIST e coautor do estudo, em nota.

Sobre o estudo

O grupo de pesquisa investigou como a proteína tau interrompe a comunicação química entre neurônios, uma vez que há um acúmulo dessa proteína no cérebro, alterando os processos normais dentro das sinapses.

Ela interrompe o consumo de uma enzima chamada dinamina, que é um componente importante na função sináptica saudável dos neurônios.

Os cientistas observaram que a injeção do peptídeo parece prevenir a interação com a dinamina, o que resulta na reversão dos sintomas da doença de Alzheimer em camundongos e na restauração de sua função cognitiva, desde que sejam tratados precocemente.

O grupo do estudo está otimista a respeito do resultado, de forma que ele possa ser transformado em um medicamento viável para tratar essa doença devastadora, mas reconhecem que isso levará tempo.

A transição de experimentos com camundongos para ensaios clínicos e, finalmente, para um medicamento comercialmente disponível pode levar décadas.

"A vacina contra o coronavírus nos mostrou que tratamentos podem ser desenvolvidos rapidamente, sem sacrificar o rigor científico ou a segurança", disse Chang, em comunicado.

"Não esperamos que isso vá tão rapidamente, mas sabemos que os governos, especialmente no Japão, querem abordar a doença de Alzheimer, que está afetando tantas pessoas. E agora, aprendemos que é possível reverter efetivamente o declínio cognitivo se tratado em um estágio inicial", ressaltou a cientista.

Fonte: Redação Byte
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