Cirurgia de adenoide: entenda procedimento que retira carne esponjosa
A hipertrofia de adenoide, mais conhecida como carne esponjosa, causa bastante desconforto no dia a dia. Além disso, sem o tratamento adequado, pode trazer complicações à saúde. Nesse sentido, a cirurgia de adenoide surge como uma solução. Carne esponjosa A adenoide é uma pequena estrutura localizada atrás do nariz, logo acima do céu da boca. […]
A hipertrofia de adenoide, mais conhecida como carne esponjosa, causa bastante desconforto no dia a dia. Além disso, sem o tratamento adequado, pode trazer complicações à saúde. Nesse sentido, a cirurgia de adenoide surge como uma solução.
Carne esponjosa
A adenoide é uma pequena estrutura localizada atrás do nariz, logo acima do céu da boca. Quando hipertrofia, ela se torna uma obstrução que compromete a atividade respiratória. Por isso, é comum o paciente apresentar nariz entupido e voz anasalada.
Além disso, a condição está associada a problemas de crescimento na infância, assim como ao ronco, apneia, cansaço diurno, agitação, irritabilidade, hiperatividade, dificuldade de concentração - e inclui, ainda, problemas de desalinhamento da arcada dentária, bruxismo e, até mesmo, tosses, otites e sinusites.
Portanto, para muitas crianças, a retirada dessa pequena estrutura é a recomendação mais assertiva para sanar a disfunção.
Cirurgia de adenoide
"A opção pela cirurgia, ou não, leva em conta, principalmente, o tamanho da adenoide. Ou seja, até que ponto essa carne esponjosa interfere nas estruturas da face", explica Gilberto Ulson Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.
"Se for de tamanho médio ou pequeno, é indicado o tratamento clínico com medicação, sem necessidade de cirurgia. Já nos casos mais graves, a retirada é sem dúvida o melhor a se fazer", acrescenta o médico.
Muito menos invasiva
Aos pacientes que recebem a indicação de cirurgia, o médico pondera que, hoje em dia, o procedimento é muito menos invasivo do que antigamente. Por isso, a reabilitação também é mais rápida.
"O avanço das técnicas de imagem e a adoção de novos instrumentos, como o microdebridador, permitem que a cirurgia seja realizada somente com o tato dos dedos, garantindo mais segurança no controle do sangramento, além de torná-la mais precisa, não deixando restos que poderiam recidivar o processo", destaca.
Quanto à recuperação, o especialista explica que também houve avanços em relação ao passado. "A cirurgia da adenoide, sem a cirurgia de amígdalas, hoje é muito mais segura e de rápida recuperação, diminuindo o tempo para a criança voltar a comer e voltar para suas atividades normais. Geralmente, a maioria das crianças se recupera da remoção da adenoide em uma a duas semanas."
Quando fazer a cirurgia
Sobre a decisão de quando operar, o médico afirma que depende mais do dano causado pela adenoide do que propriamente da idade do paciente.
"Há casos de bebês, por exemplo, em que a adenoide chega a obstruir o conduto auditivo. Neste tipo de situação, o procedimento deve ser feito independentemente da idade. Por outro lado, nos casos em que adenoide atrapalha apenas a respiração, é possível esperar até os 3 anos, se a criança não tiver sintomas associados à apneia obstrutiva do sono", explica.
Já os riscos são mínimos, desde que tomadas as devidas precauções. "Toda intervenção cirúrgica exige cuidados. Isto é, exames pré-operatórios feitos e avaliação do médico, seja o pediatra ou o cardiologista. No caso da adenoide, a cirurgia é bem segura. Apresenta risco de sangramento menor que 2%, e os riscos associados a anestésicos e outros problemas são menores que 1% em crianças sem comorbidades", finaliza o profissional.