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Cirurgias para enxaqueca e definição muscular: elas estão em alta

Cirurgiões plásticos têm desenvolvido técnicas cirúrgicas para solucionar problemas cada vez mais difíceis e específicos

29 dez 2023 - 06h25
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Foto: Reprodução

Todos os dias parecem surgir novos procedimentos estéticos e cirurgias plásticas, oferecendo soluções inovadores para os mais diversos problemas, inclusive para algumas alterações tão específicas e difíceis que nem imaginávamos que poderiam ter solução. 

E a busca por esse tipo de procedimento mais específico e personalizado para as necessidades individuais de cada paciente é uma tendência cada vez maior no universo da cirurgia plástica, por diversas razões, como: o avanço das técnicas cirúrgicas, que permitem o acesso menos invasivo de regiões específicas; o aumento da demanda por parte dos pacientes, que buscam soluções para as mais diversas queixas estéticas; e a maior popularização da cirurgia plástica, muito influenciada pelas mídias sociais, fazendo com que os cirurgiões se sintam impelidos a desenvolver técnicas para solucionar essas demandas. 

Então, para oferecer uma abordagem personalizada para cada paciente, esses procedimentos específicos são criados, o que é possível graças à inovação contínua impulsionada pelo meio acadêmico. E as possibilidades são realmente inúmeras.

Pescoço, uma demanda antiga

O rejuvenescimento do pescoço é um desejo de muitos pacientes, mas representa um grande desafio. Felizmente, agora é possível tratar a região de maneira eficaz com o lifting Deep Plane. Essa técnica tem ganhado popularidade para a realização de lifting facial, pois permite o reposicionamento de todas as camadas do rosto que sofrem com o envelhecimento, incluindo pele, músculos e ligamentos, assim rejuvenescendo a região de forma natural. Mas também pode ser realizada para combater a flacidez na região do pescoço. 

“Assim como reposicionamos todas as camadas da região da face a partir de uma dissecção profunda da musculatura facial, no pescoço conseguimos reposicionar, além da pele, um músculo chamado platisma para reduzir a flacidez e melhorar o contorno facial”, explica a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Isaps (International Society of Aesthetic Plastic Surgery).

Ela diz que dessa forma é possível conquistar um rejuvenescimento natural do pescoço com resultados mais harmônicos e maior eficiência e durabilidade. 

“Uma grande vantagem é que, como pele e musculaturas são reposicionadas em conjunto, há menor chance de surgirem irregularidades na superfície do pescoço, o que é muito comum na lipoaspiração de papada, por exemplo”, destaca a médica.

Esculpir a silhueta corporal

Para quem deseja uma cintura mais fina e uma silhueta corporal com formato de ampulheta, a cirurgia de remodelação ou ressecção costal é uma ótima opção com vantagens sobre as técnicas cirúrgicas comumente utilizadas para essa finalidade. 

“Ao contrário de procedimentos como a abdominoplastia e a lipoaspiração, que consistem apenas no manuseio das partes moles, a remodelação costal é capaz de atuar sobre a parte óssea por meio da retirada parcial das 11ª e 12ª costelas, também chamadas de costelas flutuantes”, afirma o cirurgião plástico Paulo Michels, membro da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS). 

Segundo a BAPS, a retirada dessas costelas, quando devidamente indicada, é segura, pois não fazem parte da dinâmica de respiração e, por serem removidas parcialmente, a proteção aos órgãos, como os rins, não é prejudicada. Apesar do procedimento ser realizado há décadas por cirurgiões torácicos, as incisões eram grandes, o que limitava seu uso para fins estéticos. Mas isso mudou com o advento do bisturi ultrassônico. 

“Com o bisturi ultrassônico, é possível realizar duas pequenas incisões muito discretas nas costas, com cerca de 2.5 cm, que permitem que o cirurgião retire as partes laterais e anteriores das costelas, preservando os trechos posteriores, de maneira menos traumática do que as técnicas realizadas no passado”, explica.

Máxima definição muscular

As técnicas de lipoaspiração evoluíram muito e hoje, além de aspirarem gordura, também ajudam quem deseja melhorar a definição muscular. Na Lipo HD (High Definition), por exemplo, a gordura é aspirada de maneira estratégica em áreas que escondem a definição da musculatura. 

“Dessa forma, é possível esculpir as transições do corpo e realçar os contornos de maneira detalhada e precisa para conferir à área tratada um aspecto mais definido e atlético”, explica o cirurgião plástico Luiz Carlos Carvalho, membro da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS). 

Existe também uma evolução mais recente, conhecida como UGraft, que possibilitou o aumento seletivo e customizado dos compartimentos musculares do abdômen, diminuindo a necessidade da lipoaspiração superficial e, consequentemente, as irregularidades, fibroses e alterações na pele. O procedimento pode ser feito no abdômen, músculos deltoides (ombro), peitorais, bíceps e tríceps. 

“Com a técnica, áreas musculares antes inacessíveis agora podem ter melhor definição. E mesmo pacientes que não têm uma musculatura muito desenvolvida, agora, conseguem um resultado estético mais natural”, destaca o cirurgião.

Tratamento das dores de cabeça

As evoluções na cirurgia plástica, com o surgimento de procedimentos extremamente específicos, não contribuíram apenas para o tratamento de problemas estéticos. Hoje, por exemplo, é possível aliviar as dores da enxaqueca por meio de um procedimento criado a partir de cirurgias plásticas para a região frontal ou superior da face, quando o médico Bahman Guyuron notou que, após o tratamento, seus pacientes que sofriam com enxaqueca melhoravam das dores causadas pela condição. 

“Pouco invasiva, a Cirurgia de Enxaqueca apresenta, em estudos, excelentes resultados que garantem sua eficácia e replicabilidade”, afirma o cirurgião plástico Paolo Rubez, membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica e um dos poucos médicos que realizam a Cirurgia de Enxaqueca no Brasil. 

O médico explica que o procedimento tem como objetivo descomprimir e liberar os ramos dos nervos trigêmeo e occipital, que são responsáveis pela sensibilidade da face, pescoço e couro cabeludo, mas podem sofrer compressões das estruturas ao seu redor, como músculos, vasos, ossos e fáscias. 

“Isto gera a liberação de substâncias (neurotoxinas) que desencadeiam uma cascata de eventos responsável pela inflamação dos nervos e membranas ao redor do cérebro, que irão causar os sintomas de dor intensa, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz a ao som”, completa ele.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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