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CNBB lança campanha por diagnóstico precoce da aids

29 nov 2016 - 13h34
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O intuito da campanha é fazer com que as pessoas comecem o tratamento assim que descobrirem que são soropositivas.
O intuito da campanha é fazer com que as pessoas comecem o tratamento assim que descobrirem que são soropositivas.
Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Em parceria com o Ministério da Saúde, a Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) lançou hoje (29) a campanha "Nós podemos construir um futuro sem aids". O objetivo é disseminar informações sobre a doença, as formas de prevenção e tratamento, além de incentivar o diagnóstico precoce do HI/aids. Mais de 11 mil paróquias, por intermédio de 150 dioceses, levarão a campanha para todo o País.

O intuito da campanha é fazer com que as pessoas comecem o tratamento assim que descobrirem que são soropositivas. A expectativa é alcançar uma das metas estabelecidas pelo Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) de, até 2030, reduzir o número de novas infecções a níveis não epidêmicos, cumprindo a meta 90-90-90: que 90% dos portadores do HIV tenham o diagnóstico, que 90% das pessoas diagnosticadas sejam tratadas imediatamente, e que 90% dos pacientes tratadas tenham carga viral indetectável e não possam mais transmitir o vírus.

Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o País tem cerca de 800 mil pessoas com o HIV. Dessas, 400 mil não estão em tratamento e 80 mil não estão cientes que são portadoras do vírus. Barros alertou para a importância da campanha realizada pela CNBB. "Milhares de voluntários vão abordar as pessoas, motivar para fazer o teste e depois dar o acolhimento para aqueles que tiverem o resultado positivo. O teste é gratuito pelo SUS e é eficaz. É muito importante que as pessoas se disponham a fazer o teste até para poderem receber o mais rápido possível o tratamento e terem saúde e vida normal mesmo convivendo com o vírus HIV", disse Barros.

O representante da Pastoral da Aids da CNBB, Frei José Bernardi, explica como funcionará a campanha e como é a ação da pastoral. "Temos uma rede de agentes que já estão envolvidos nos trabalhos da pastoral e são eles que vão atuar na difusão da campanha. Nós temos uma prática de escolher áreas mais vulneráveis, com dados epidemiológicos com maior incidência para visita domiciliar. Nossa expectativa é construir um futuro sem aids, ajudando a sociedade e as instituições que têm essa responsabilidade identificando as pessoas portadoras do vírus e fazendo o acompanhamento dessas pessoas", disse.

A campanha terá início em 1º de dezembro - Dia Mundial da Luta contra a Aids.

Agência Brasil Agência Brasil
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