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Colágeno é a nova aposta de Virgínia; faz sentido suplementar?

Médicos e especialistas divergem sobre a eficácia do suplemento. Entenda

19 out 2023 - 05h00
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Um dos principais produtos da marca de beleza da influenciadora digital Virginia Fonseca, a WePink, é o suplemento de colágeno. No site da empresa é possível encontrar os sabores de limão e laranja, a partir de R$ 159, com cerca de 240 g da substância.

Virginia Fonseca. Reprodução/Instagram
Virginia Fonseca. Reprodução/Instagram
Foto: Mais Novela

O suplemento é vendido como um estimulador do metabolismo da pele que neutraliza "perdas no tecido do corporal, auxiliando na saúde e beleza dentro para fora. Além disso, o suplemento alimentar em pó é rico em Vitamina E, C, B6, Biotina, Zinco e também é fonte de Cobre, ajudando a minimizar celulites, linhas finas, flacidez na pele, na pigmentação do cabelo e muito mais”. Um milagre em forma de pó, por assim dizer.

Não é de hoje, nem foi Virginia, que criou o suplemento, mas o colágeno tem se tornado cada vez mais popular entre aqueles que buscam tratamentos diferenciados para cuidar da pele. Porém, ainda há discordâncias sobre a eficácia e os efeitos da substância.

Virginia Fonseca posa com suplemento da We Pink, vendido a R$159 no site da marca.
Virginia Fonseca posa com suplemento da We Pink, vendido a R$159 no site da marca.
Foto: Divulgação

O que é o colágeno

O colágeno é produzido naturalmente pelo corpo e corresponde a cerca de 30% das proteínas do organismo. Existem vários tipos e cada um é "direcionado” a uma parte do organismo. O problema é que, à medida que envelhecemos, a produção do componente caí, o que acarreta em problemas como rugas, flacidez da pele e dor nas articulações.

"Nossos corpos produzem colágeno naturalmente usando os aminoácidos de alimentos ricos em proteínas ou colágeno, como caldos de ossos, carne e peixe. Mas o envelhecimento, os danos causados pelo sol, o tabagismo e o consumo de álcool diminuem a produção do colágeno", explica Patrícia Alves Soares, nutricionista especialista em oxidologia e bioquímica celular, com aperfeiçoamento em medicina biomolecular, regenerativa e anti-aging da Clínica Soloh.

Ela é a favor do consumo de suplementos de colágeno. Patrícia cita um estudo publicado no International Journal of Dematology, em 2021, para justificar sua posição. Foi uma revisão de 19 estudos, com mais de 1.1.25 pacientes com idades entre 20 e 75 anos, que provou que aqueles indivíduos que usavam colágeno, principalmente os tipos que continham hidroxiprolina em formas específicas, apresentaram redução nas rugas e melhorias na elasticidade e hidratação da pele.

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"Porém, vale ressaltar, o estradiol precisa estar em dia, mulheres que estiverem usando pílula anticoncepcional, não adianta. Precisa do estradiol para ter boa e efetiva ação da prolina e hidroxiprolina", afirma a dermatologista.

Outro estudo recente realizado pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, que avaliou os benefícios do suplemento alimentar hidrolisado notou melhora "progressiva nas condições da pele" das participantes da pesquisa, mulheres que tinham entre 45 e 60 anos.

Ressalvas

Porém, não é toda a academia científica que concorda com a suplementação de colágeno. Especialistas, inclusive, ressaltam que vários estudos já publicados, porque a maioria dos suplementos incluem outros ingredientes que podem contribuir para os resultados das pesquisas.

Além disso, na opinião de vários especialistas, há outros meios de colher os mesmos benefícios desta suplementação, já que muitos alimentos contêm colágeno, como carne, frango, peixes, ovos e caldo de osso.

Julia Zumpano, nutricionista registrada no Centro de Nutrição Humana da Cleveland Clinic, em Ohio, EUA, disse, em entrevista para National Geographic, que o problema é que a pessoas tendem a dizer que “o suplemento é a cura para tudo”, e esquecem-se do resto.

Seja você adepto ou não da suplementação, a nutricionista esportiva Renata Brasil reforça: "Não adianta também só se tomar o colágeno e ingerir todas essas vitaminas e minerais, e continuar tendo uma alimentação muito rica em açúcar". Para alcançar resultados na qualidade da pele, "é necessário uma dieta equilibrada”, finaliza.

Fonte: Redação Terra
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