Script = https://s1.trrsf.com/update-1723493285/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Cólica? Pode ser endometriose! Saiba identificar o problema

Atingindo de 10 a 15% das mulheres em idade fértil, endometriose pode ter seus sintomas facilmente confundidos com cólicas menstruais

2 mar 2023 - 08h00
Compartilhar
Exibir comentários

Entre as diferentes campanhas de saúde existentes ao longo do ano, o Março Amarelo é o mês de conscientização sobre a endometriose. A doença afeta de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva e é a principal causa de infertilidade entre mulheres. Além disso, pode facilmente parecer se tratar de cólicas menstruais, já que os sintomas são bastante parecidos.

Cólica? Pode ser endometriose! Saiba como identificar o problema -
Cólica? Pode ser endometriose! Saiba como identificar o problema -
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

"A endometriose ocorre quando as células do endométrio, mucosa que reveste a parede do útero, não são devidamente expelidas durante a menstruação. Elas se espalham pelo aparelho reprodutivo, o que atrapalha a implantação do embrião fecundado, e até mesmo por outras regiões como intestino, apêndice e bexiga", explica o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da Clínica Mater Prime.

Sintomas e diagnóstico da endometriose

Não é tão simples prevenir a endometriose. Isso porque, apesar de ter relação com fatores genéticos e imunológicos, ainda não existe definição para a causa da doença. Da mesma forma, também não é tão simples diagnosticá-la, pois seu principal sintoma é a dor pélvica intensa. Esse incômodo geralmente não recebe atenção por parecer ser cólicas menstruais.

"Isso faz com que o diagnóstico da condição ocorra muito tardiamente, quando as mulheres encontram alguma dificuldade para engravidar. Por isso, o acompanhamento ginecológico regular desde cedo é fundamental", destaca o especialista. 

Além disso, as pílulas anticoncepcionais, comumente utilizadas no tratamento da endometriose, também podem mascarar os sintomas da condição. Esse é outro fator que contribui para um diagnóstico tardio e para que a doença evolua para um quadro grave sem que a mulher perceba, alerta Rodrigo.

Portanto, o acompanhamento médico regular é indispensável, já que esta é a única maneira de identificar a causa dos sintomas e a gravidade do problema.

Tratamento

Felizmente, a endometriose tem tratamento, que é indicado de acordo com a gravidade da condição e as características individuais da paciente. Geralmente, além da pílula anticoncepcional, a terapia inclui analgésicos, anti-inflamatórios e intervenção cirúrgica. "O tratamento cirúrgico da endometriose é feito por meio da laparoscopia, procedimento minimamente invasivo que visa eliminar os cistos causados pela doença", afirma o Dr. Rodrigo. 

Mas vale ressaltar que o tratamento da endometriose não é definitivo. Isso porque ele atua apenas no alívio dos sintomas e controle dos focos da doença. Logo, os sintomas e a dificuldade de engravidar podem retornar após algum tempo. "Além disso, apenas 50% das pacientes tratadas por meio da laparoscopia possuem chances de engravidar futuramente", alerta.

Infertilidade

Por esses motivos, a melhor alternativa para mulheres que desejam engravidar, mas sofrem com endometriose, é a busca por tratamentos de reprodução humana, como a fertilização in vitro. 

"O processo de fertilização in vitro em pacientes com endometriose é igual a qualquer outro, com a coleta dos óvulos após indução medicamentosa da ovulação para que sejam fecundados em laboratório e, em seguida, implantados de volta no útero. E a boa notícia é que as taxas de sucesso do procedimento em mulheres com a condição são as mesmas de quando a fertilização é feita por outros motivos, sendo assim um excelente método para aumentar as chances da paciente de ser mãe biológica", explica o especialista.

"Porém, antes de optar por qualquer procedimento, é fundamental consultar um médico especialista em reprodução humana, que poderá indicar o melhor tratamento para cada caso de acordo com fatores como idade, histórico de saúde e qualidade dos óvulos", destaca.

Saúde em Dia
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade