Comer muito fast food pode prejudicar a fertilidade, diz estudo
Outra tese que serve para apontar os efeitos dos alimentos ultraprocessados
O hábito alimentar recheado por gordura saturada, frituras, aditivos químicos e ingredientes sintéticos traz sérios riscos para a saúde. Nesse sentido, o estudo disponível na Human Reproduction diz que mulheres que comem menos frutas e mais fast food demoram para engravidar.
O perigo para mulheres que comem menos frutas e mais fast food
O estudo foi feito com pesquisas na Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido e Irlanda com 5.598 mulheres, grupo que respondeu sobre o seu padrão alimentar, e observou o impacto da dieta materna antes da concepção na população geral.
Os pesquisadores descobriram que em mulheres com menor consumo de frutas representou o aumento de 8% para 12% o risco de infertilidade. Já as mulheres que comiam fast food quatro ou mais vezes por semana simplesmente lidaram com o risco de infertilidade de 8% para 16%.
A palavra do especialista
Minerais, vitaminas e antioxidantes presentes nas frutas também são fundamentais para nutrir o óvulo e protegê-lo contra radicais livres. Sendo assim, o ideal é descascar mais do que desempacotar com a ajuda de um profissional.
"A maioria das mulheres não tinha histórico de infertilidade. Os autores ajustaram as relações com a dieta pré-gravidez para levar em conta vários fatores conhecidos por aumentar o risco de infertilidade, incluindo índice de massa corporal elevado [IMC] e idade materna, tabagismo e ingestão de álcool. Como a dieta é um fator modificável, as descobertas ressaltam a importância de considerar a dieta pré-concepcional para apoiar a concepção oportuna para mulheres que planejam engravidar", detalhou o ginecologista Dr. Rodrigo Rosa.
Esse foi o primeiro estudo a observar o impacto da dieta materna antes da concepção na população geral.
"Existem muitas orientações dietéticas. Sabemos por exemplo que a célula-ovo requer diferentes nutrientes para diferentes partes. A camada externa requer ácidos graxos essenciais, ômega 3 do tipo DHA, presentes na sardinha, no atum, no salmão e nas sementes e oleaginosas. A mitocôndria precisa de energia para quando o óvulo se divide após a fertilização; a coenzima Q10 ajuda a causar mudanças químicas no corpo, particularmente a produção de energia, e é necessária para o sistema reprodutivo. Vitaminas B e zinco também são necessários para a divisão celular após a fertilização", terminou o médico.