Comer placenta, como fez Mendigata, faz bem à saúde? Descubra
Influenciadora foi filmada mastigando o órgão fetal enquanto segurava seu bebê no colo
Fernanda Lacerda, mais conhecida como "Mendigata", é mais uma famosa pró-ingestão de placenta. Ela compartilhou um vídeo em suas redes sociais em que aparece mastigando a placenta do filho logo após o parto, no último sábado (28).
A influenciadora diz que o órgão fetal que liga a mãe ao bebê tem gosto semelhante ao do sushi e contribui para a produção de ferro, combate a anemia e melhora a produção de leite. Tais benefícios, no entanto, não possuem confirmação científica.
Moda entre famosos
Embora a ciência não confirme as supostas vantagens, muitas celebridades são adeptas da prática. O casal de apresentadores Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert, por exemplo, está entre eles.
Outros que já falaram sobre o assunto são a chef Bela Gil, o ator Tom Cruise e a empresária e influenciadora Kim Kardashian. No caso dela, o objetivo era estético. A socialite americana acredita no efeito de rejuvenescimento da placenta. Para obter esse e outros supostos benefícios, a proteína é ingerida in natura ou em cápsulas.
Contra-indicação
Batizado como placentofagia, o ato de comer a placenta é polêmico. Mas, em geral, autoridades médicas desaconselham a prática.
Em 2017, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) alertou sobre os possíveis riscos com a ingestão do órgão. Na ocasião, o CDC relatou o caso de uma mãe que enviou a placenta de seu bebê para ser encapsulada.
Quando recebeu de volta, a mulher passou a ingerir duas cápsulas por dia. Pouco depois, o bebê, em fase de amamentação, começou a apresentar problemas de respiração e os médicos descobriram uma infecção pela bactéria Streptococcus. Um teste confirmou que o agente infeccioso estava nas cápsulas.
A conclusão foi de que ingerir o órgão aumentou a incidência de desenvolvimento da bactéria na mãe, que a transmitiu para o bebê.
No Brasil, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) também admitiu preocupação semelhante. Para a entidade, há grande risco de transmissão de doenças por meio da placenta, conforme informado à Revista Crescer.